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35 anos do Grupo Corpo

Fundado em 1975, em Belo Horizonte, o Grupo Corpo, a mais importante companhia de dança do Brasil, entrou em cena pela primeira vez um ano depois para apresentar o espetáculo Maria, Maria, com música de Milton Nascimento e coreografado pelo argentino Oscar Araiz.

Desde lá, a carreira da companhia, repleta de sucessivas metamorfoses, assinalou uma trajetória marcada por elementos da cultura nacional, grandes participações e reconhecimento além dos palcos brasileiros. Agora o Grupo Corpo completa 35 anos de atividade com uma proposta diferente para sua turnê Brasil 2010. O público escolheu através de votação pela Internet o balé que será apresentado ao lado de Imã.

No site do grupo, o público votou através da Internet (de 12 de maio a 6 de junho) em um dos balés, todos com coreografias de Rodrigo Pederneiras, e trilha musical de diversos compositores. Abaixo, confira os balés que público pode votar:

– Missa do Orfanato [1989], música de Wolfgang Amadeus Mozart
– 21 [1992], música de Marco Antônio Guimarães e Uakti
– Nazareth [1993], música de José Miguel Wisnik, sobre a obra de Ernesto Nazareth
– Sete ou oito peças para um ballet [1994], música de Philip Glass e Uakti
– Bach [1996], música de Marco Antônio Guimarães, sobre a obra de J. S. Bach
– Parabelo [1997], música de Tom Zé e José Miguel Wisnik
– Benguelê [1998], música de João Bosco
– O Corpo [2000], música de Arnaldo Antunes
– Santagustin [2002], música de Tom Zé e Gilberto Assis
– Lecuona [2004], música de Ernesto Lecuona
– Onqotô [2005], música de Caetano Veloso e José Miguel Wisnik
– Breu [2007], música de Lenine

A partir do dia 11 de agosto inicia-se no Teatro Alfa em São Paulo a Turnê Brasil 2010. O programa é composto pelos balés Lecuona (2004), escolhido pelo público, cuja trilha musical é do cubano Ernesto Lecuona, e Ímã (2009), com música do + 2 (trio formado por Moreno, Domenico e Kassin). As duas coreografias são assinadas por Rodrigo Pederneiras. Principal companhia brasileira de dança contemporânea, o Grupo Corpo tem a direção artística de Paulo Pederneiras.

Após São Paulo, o Corpo leva esse mesmo espetáculo para Belo Horizonte (Palácio das Artes, 27 a 31 de agosto), Salvador (Teatro Castro Alves, 4 e 5 de setembro), Rio de Janeiro (Theatro Municipal, 9 a 12 de setembro) e Brasília (Teatro Nacional, 16 a 19 de setembro).

Este ano, o Grupo Corpo leva seis coreografias – Bach, Breu, ímã, Lecuona, Onqotô e Parabelo – das 12 que tem em repertório para 19 cidades em cinco países – Canadá, Espanha, França, Escócia e Brasil. Se a dança é a mais bela expressão do corpo humano em movimento, o grupo mineiro demonstra isso enfaticamente no palco e na estrada. Os números são impressionantes: ao longo desses 35 anos, a companhia fez 2213 apresentações de 34 coreografias, com uma média de 75 espetáculos por ano, em 206 cidades de 34 países, incluindo o Brasil.

Pelo mundo, o Grupo Corpo tem colhido o reconhecimento pelo seu estilo único, talento e profissionalismo. Na recentíssima temporada internacional, a crítica de Montreal concluiu ao ver Parabelo e Breu que “esses brasileiros parecem ter o diabo no corpo”. Para os mesmos balés, o jornal de Vancouver disse “apesar de temas contrastantes, as duas coreografias tem extraordinária vitalidade e enfatizam o novo vocabulário de movimentos inventado pelo Grupo Corpo. Ao final de Breu, quando a companhia se joga ao chão, todo o público imediatamente se levanta para aplaudir.” Na Espanha não foi diferente: “Explosão exuberante de som e movimento”, “O triunfo do corpo”, “O Brasil profundo”, e até um definitivo “O Brasil não é apenas a terra do samba e do futebol”.

SERVIÇO

local: Teatro Alfa (R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 – tel. 5693.4000)
datas: 11 a 16 de agosto, de quarta a segunda-feira
horários: quarta, quinta e sábado, 21h; sexta, 21h30; domingo, 18h; segunda, 21h
Preços: Setor I e II = R$ 90,00 – Setor III= R$ 70,00 – IV = R$ 40,00
Ingressos a venda a partir de 1º. de julho
Lotação: 1110 lugares
Duração: Lecuona (40m) – intervalo de 15m – ímã (40m)
Classificação etária: 12 anos

Leonardo Brant

Pesquisador cultural e empreendedor criativo. Criador do Cultura e Mercado e fundador do Cemec, é presidente do Instituto Pensarte. Autor dos livros O Poder da Cultura (Peirópolis, 2009) e Mercado Cultural (Escrituras, 2001), entre outros: www.brant.com.br

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