Nas últimas semanas, uma série de mobilizações tomaram conta de diversas cidades do país. Na pauta: questionamentos sobre o modus operandi do sistema político e a qualidade de vida nessas cidades.
Ana Carla Fonseca defende o desenvolvimento das metrópoles por meio da criatividade. Sócia diretora da consultoria Garimpo de Soluções, economista e urbanista por formação e assessora para a ONU sobre economia criativa, ela faz a curadoria de evento sobre o tema em São Paulo, nesta quinta e sexta-feira (27 e 28/6).
A especialista também comemora a indicação ao Prêmio Claudia 2013, voltado a mulheres que são destaque nas áreas em que atuam. “Ana Carla ensina a ganhar dinheiro e a ser feliz com a cultura que respeita os talentos”, diz a descrição no site da premiação (clique aqui para ver o perfil e votar).
Nesta entrevista, ela comenta o papel da criatividade como eixo de desenvolvimento das cidades e a sensação de ser indicada ao prêmio.
Cultura e Mercado – As concorrentes ao Prêmio Claudia são escolhidas por meio de indicações de personalidades de diferentes áreas. O que essa indicação representa para você?
Ana Carla Fonseca – Representa um conjunto de coisas: a maior maturidade de um tema ao qual me dedico com afinco há 15 anos; um grau de abertura ampliado a novos olhares sobre o desenvolvimento; e, acima de tudo, o reconhecimento da importância de desenvolvermos no Brasil um trabalho pioneiro e inovador, voltado à valorização dos trabalhadores criativos. Ter sido indicada para a categoria de Negócios é especialmente significativo, dado que estamos falando de economia e de investimento, dando margem para que nossos talentos criativos possam viver de seu trabalho.
CeM – Você considera que essa indicação pode ajudar a difundir o tema Economia Criativa?
ACF – Certamente. Não apenas pelo impacto de mídia e participação popular na votação, mas também tendo em vista que sete das dez revistas mais lidas no Brasil são da Editora Abril, que é envolvida como grupo no processo de premiação. Com isso, economia criativa e cidades criativas – dois dos grandes eixos do meu trabalho – serão ainda mais presentes na pauta dos leitores, dos internautas e da imprensa, com a profundidade que esses temas merecem.
CeM – Estamos em um momento em que as cidades estão sendo questionadas. Como é possível colocar o debate sobre cidades criativas na pauta das discussões públicas e de políticas públicas? Como o criaticidades/seu trabalho tem feito para ajudar essa (r)evolução?
ACF – As cidades vêm sendo tratadas como problemas, quando na verdade são soluções. É nas cidades que as diversidades se encontram, que novas soluções emergem, que conexões improváveis e inovadoras são feitas. É importante lembrar que uma cidade é tão criativa quanto o forem seus cidadãos. Sendo assim, formar um ambiente propício à criatividade, como base de uma sociedade e de uma economia mais voltadas à inovação, é a base do Criaticidades.
Trata-se de uma plataforma de serviços e projetos voltados às cidades dos mais diversos contextos e escalas, voltada justamente ao reconhecimento dos talentos criativos como estratégia de transformação socioeconômica. A primeira fase do Criaticidades gerou o portal www.criaticidades.com.br e a realização de cinco documentários de 26 minutos cada, contendo mais de cem entrevistas ao redor do mundo. Eles foram exibidos por oito vezes no Canal Futura e estão agora sendo legendados para exibição na América Latina.
A fase 2 abrangerá o levantamento dessas singularidades criativas e sua inserção nas políticas públicas e no portfólio de negócios das empresas. Estamos justamente neste momento discutindo os próximos passos com algumas prefeituras mais inovadoras e avançadas no Brasil e na torcida para que novas bandeiras e reconhecimentos venham se somar ao Criaticidades e ao Prêmio Claudia.
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