Amazon adia lançamento no Brasil

A Amazon, uma das maiores redes de varejo online do mundo, adiou mais uma vez o início de suas operações no Brasil. Agora, a projeção é de que o lançamento da plataforma aconteça em 2014.

Ensaiada desde o início do ano passado, a chegada da Amazon ao país foi menos estrondosa do que se previa. Apesar do acordo com grandes editoras brasileiras para conseguir descontos no valor dos livros,  a empresa estreou em solo nacional por meio do seu e-reader, o Kindle.

No início deste ano, a Amazon investiu em quiosques de exposição do aparelho em shoppings do Rio de Janeiro e São Paulo. A ideia é fortalecer a marca no mercado brasileiro, ainda pequeno para livros digitais – a venda de e-books representa menos de 3% do total comercializado no Brasil.

Enquanto isso, na França, o governo deve introduzir uma lei que impede a empresa de oferecer ofertas que incluam descontos e entregas gratuitas de livros. A lei francesa proíbe varejistas de darem descontos superiores a 5% do preço de venda fixado pela editora. A ideia é defender os pequenos e médios varejistas de gigantes do setor.

Os vendedores de livros do país reclamam que a redução dos preços ameaça o modelo de negócios deles. A ministra da Cultura francesa, Aurelie Filippetti, afirmou que a prática configura concorrência desleal.

Política – Na última semana, a comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal se posicionou contra o pedido de exclusividade da empresa pelo domínio online .amazon na internet. A solicitação que está sendo avaliada pela Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês) já havia sido contestada por Brasil e Peru.

A comissão alega que, caso seja aprovado, qualquer organização dos países que compõem a Amazônia Global que quiser registrar um site com o domínio terá de pedir autorização prévia da empresa norte-americana.

O diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Benedicto Fonseca Filho, afirmou que já houve duas tentativas de consenso entre a empresa americana e os membros da OTCA, sem sucesso. A próxima tentativa será na reunião da Icann em Durban, na África do Sul, que será realizada em julho. Em agosto, a avaliação inicial de cada pedido feito à Icann deve ser concluída.

*Com informações da Reuters, da Agência Senado e da coluna Radar Online

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