Teve início nesta terça-feira (29/3) uma série de encontros que a Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao Ministério da Cultura, irá realizar com artistas nacionais. O desta semana foi com os músicos, sindicalistas e demais representantes da cadeia produtiva no setor.
A ministra Ana de Hollanda ouviu as reivindicações e enfatizou a importância de se abrir um canal de diálogo para que cada área possa ter suas demandas atendidas. Entre os artistas presentes estavam os cantores Leoni, Sandra de Sá, Joyce, Danilo Caymmi e Marcelo Yuka.
Sobre a reforma da Lei dos Direitos Autorais, a ministra disse que aguarda a conclusão de um estudo da Diretoria de Direitos Intelectuais, vinculada ao MinC, para decidir se endossará a proposta ou fará nova consulta pública.
Em relação à Lei Rouanet, Ana de Hollanda reconheceu que há descontentamento de várias áreas e lembrou que a discussão não se encerrou e que é importante acompanhar a tramitação no Congresso Nacional.
O ensino obrigatório de música nas escolas também foi discutido. A ministra esclareceu que a questão é de competência do Ministério da Educação, mas disse que os dois ministérios vão trabalhar em conjunto. O presidente da Funarte, Antonio Grassi, acrescentou que “é preciso reatar esse casamento” e que a parceria entre os Ministérios da Cultura e da Educação é fundamental.
O cantor Leoni entregou uma carta à Ministra, em que reforça a necessidade de se avançar mais na nova Lei dos Direitos Autorais e sugere a criação de uma Secretaria da Música no organograma do MinC.
Para Marcelo Yuka, compositor e músico da banda F.U.R.T.O., a questão da cultura precisa ser tratada como uma questão de justiça social. “Ao elaborar as políticas para a música, o governo precisa ter como foco não o artista que ganha muito dinheiro, mas o cara que não consegue viver de música”, defendeu. Yuka denunciou o que chamou de “preconceito estatal” contra o funk. “Nós todos somos de alguma forma influenciados pelo samba, e a história do samba é uma história de preconceitos. Hoje acontece exatamente a mesma coisa com o funk”, declarou.
A ministra Ana de Hollanda demonstrou a mesma opinião de Yuka sobre gêneros musicais depreciados. “Até o violão já foi alvo de preconceito. Tudo o que é novo assusta. O Estado precisa, sim, incorporar todas as linguagens e os gêneros em suas políticas públicas”, concluiu.
*Com informações do site do MinC
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