Sabe aquele momento do “agora vai”, quando as forças se alinham e tudo parece conspirar a favor? No caso da animação brasileira, esse momento está se desenhando, como mostra o 19º Anima Mundi, que começa hoje no Rio e segue para São Paulo no próximo dia 27.
O principal festival de animação do país vem crescendo há anos. Mais inscrições (cerca de 1.400 neste ano), mais filmes nacionais (369 inscritos, 77 selecionados) e mais participantes. “As pessoas ainda não se deram conta, mas a produção audiovisual brasileira está passando por uma mudança profunda, que é o crescimento da animação”, diz Cesar Coelho, um dos quatro diretores do festival. “A Ancine e o Ministério da Cultura só se ligaram nisso há pouco tempo, mas é um processo irreversível.”
Quem puxa esse progresso é a produção para a TV, tanto com comerciais quanto com seriados infantis, como “Peixonauta”, “Meu Amigãozão” e “Princesas do Mar”. “Já temos séries no Cartoon Network, Discovery Kids, Fox Kids, TV Brasil e Cultura. Isso já se cristalizou. O que estamos discutindo agora é como criar a estrutura necessária para dar continuidade”, diz Coelho.
O que está faltando é o grande catalisador, o campeão de bilheteria que precipitará o “agora vai”. “A parte de publicidade está garantida, já acontece, mas a do cinema está engatinhando, um filme aqui, outro ali, não teve um longa de impacto”, diz Carlos Saldanha, um dos convidados do festival. “A animação brasileira ainda está devendo seu “Tropa de Elite'”, concorda Coelho. “Mas ele vai ser feito. Temos gente boa, agora só precisamos montar a estrutura para isso.”
Enquanto o blockbuster desenhado não chega, o Anima Mundi segue em seu projeto de catequização do público, com 421 filmes de 44 países, além das tradicionais oficinas e diretores convidados.
Dentre estes, um dos mais pop é o japonês Shinichiro Watanabe, criador de animês bem-sucedidos como “Cowboy Bebop” e “Samurai Champloo”. O espanhol Fernando Trueba (vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1994, com o filme “Sedução”) também vem para a exibição de sua primeira incursão pela animação, “Chico e Rita”. Outra apresentação que promete atrair atenção no Anima Mundi é a da americana Miwa Matreyek. A artista irá fundir teatro e desenhos numa performance ao vivo.
*Com informações da Folha de S. Paulo
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