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Artistas buscam reconhecimento no ascendente mercado de obras de arte

O jornal Valor Econômico desta sexta-feira (9/3) traz reportagem sobre o caminho que novos artistas percorrem para alcançar o reconhecimento no mercado das artes e o crescimento exponencial pelo qual o setor tem passado nos últimos anos, no Brasil e no exterior.

Segundo Adriano Pedrosa, que recentemente foi curador da 12ª Bienal de Istambul, ao lado do americano nascido na Costa Rica Jens Hoffmann, o mercado das artes é um sistema muito complexo, “um número extenso de plataformas de visibilidade e de fatores é que determina a validação de um artista”.

A matéria mostra que a ideia romântica de que talentos natos não precisam concluir uma faculdade de artes não tem muito espaço na realidade atual, apesar do sucesso de brasileiros como Leonilson (1957-1993), que não chegou a se formar.

Além disso, a inexistência de uma instituição nos moldes da CalArts (California Institute of the Arts, nos EUA) é uma das peculiaridades do circuito brasileiro, acredita a escritora e socióloga canadense Sarah Thornton, que aborda o mercado de arte em publicações como “The Economist” e “The Guardian”.

A faculdade, nesse contexto, não é apenas o local onde o aluno aprende os fundamentos teóricos e práticos da arte. É, também, onde o candidato a artista fará os seus primeiros contatos profissionais. Mostras como o Rumos Itaú Cultural, Panorama da Arte Brasileira (no MAM-SP) e o Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte/Bolsa Pampulha são espaços coletivos importantes para os novos artistas.

Crescimento – As novas perspectivas para o mercado nacional estimularam o surgimento, em 2010, do Brazil Golden Art, fundo de investimento pioneiro no país. Artistas ainda não consagrados, mas com alto potencial de valorização, estão no foco.

Heitor Reis, que já foi diretor do MAM – Bahia, é hoje gestor do fundo e conta que entre 10% e 15% das obras adquiridas são “blue chips”. Atualmente, o fundo tem 300 obras de 200 artistas brasileiros contemporâneos. Com um patrimônio de R$ 40 milhões, o BGA já está fechado em 70 investidores (a cota mínima era de R$ 100 mil). O fundo pretende montar uma coleção com mil obras.

E o mercado de arte em expansão no Brasil tem estimulado o surgimento de novas feiras. No ano passado, a primeira edição da ArtRio teve um total de vendas de R$ 120 milhões. Em São Paulo, a Parte apostou em galerias menores, com obras de jovens artistas com preços até R$ 15 mil.

Fernanda Feitosa, diretora da principal feira de arte do Brasil, a SP-Arte, diz que o perfil do comprador mudou e está mais jovem, na casa dos 20 e poucos anos. Ela cita uma “sofisticação da informação” e o papel dos cursos livres nessa mudança de perfil.

A íntegra da matéria está disponível aqui.

*Com informações do jornal Valor Econômico

Redação

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