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As empresas mais irresponsáveis

Organização suíça de ONGS elege as empresas que ilustram o aspeto negativo da globalização econômica
A “Olho Público de Davos” é uma organização privada que reúne diversas ONGs suíças. Aproveitando a realização do Fórum Econômico Mundial em Davos, a “Olho” selecionou as empresas que “claramente ilustram o aspecto negativo da globalização econômica”.

Entre as selecionadas este ano, destaca-se a gigante suíça Nestlé, da área agroalimentar, que recebe o prêmio pela segunda vez consecutiva, já que no ano passado foi escolhida por sua abusiva comercialização de substitutos do leite materno em algumas regiões da África.

Na categoria meio ambiente, o escolhido foi o grupo petroleiro americano Chevrontexaco, por contaminar durante 30 anos grandes superfícies de floresta amazônica no norte do Equador e por ter se negado, segundo a organização, a consertar os danos causados.

A nomeação na categoria social foi atribuída à companhia americana de entretenimento Walt Disney, por permitir condições de trabalho “insuportáveis” para seus funcionários e violações dos direitos humanos nas fábricas de seus produtos.

O grupo financeiro americano Citigroup recebeu o reconhecimento na categoria fiscal, por ajudar pessoas com grandes fortunas e as maiores empresas a evitarem obrigações tributárias.

A fabricante americana de bebidas Coca-Cola foi eleita em duas categorias: “dano ao meio ambiente” e “falta de respeito aos direitos humanos”.

As outras empresas “premiadas” foram: a farmacêutica Bayer (Alemanha); a escola internacional de negócios ZfU; as empresas químicas suíças Novartis, Ciba e Syngenta (dividindo o “prêmio” por sua gestão de resíduos tóxicos); a cadeia supermercados Tesco (Inglaterra); o grupo energético Vattenfall (Suécia); os comerciantes de madeiras nobres Dalhoff Larsen & Horneman (Dinamarca) e Gunns (Austrália); a produtora de alumínio Alcoa (EUA); o grupo de artigos esportivos Fila (EUA); a Delta & Pine Land (EUA) , criadora da “tecnologia terminator”, que faz com que as sementes só agüentem uma colheita, já que apaga a expressão genética da segunda geração; a marca de roupas GAP; a Kendris (antiga KPMG private); e a companhia petrolífera Karachaganak Petroleum

Os responsáveis pela seleção explicaram que “nosso objetivo é não nos deixar impressionar pelos discursos vazios do Fórum Econômico Mundial e mostrar aspectos importantes que as empresas deixaram de lado em suas tarefas diárias, para que a responsabilidade empresarial não seja apenas um conceito vazio”.

Na edição deste ano foi concedido pela primeira vez um prêmio positivo, que avalia organizações não-governamentais eficazes e honradas. A conquista ficou com o sindicato mexicano SNRTE e com as organizações alemãs Germanwatch e Fian.

Redação

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