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BNDES oxigena produção cinematográfica nacional

Novo pacote de ações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social dinamiza os investimentos do audiovisual

“A economia da cultura começa a ser vista pelo Estado brasileiro”. Essa frase, dita pelo Ministro Gilberto Gil na quarta-feira, 31, durante o anúncio do pacote de ações do BNDES para o audiovisual, revela o impulso que ganha o setor com os novos investimentos. O objetivo, de acordo com o presidente do banco Guido Mantega, é atuar em toda a cadeia, diversificando os investimentos na produção, distribuição e exibição dos filmes. Em números, isto significa ampliar o patrocínio de R$ 15 milhões para R$ 22 milhões em 2005. O novo edital, que não prevê o financiamento de curtas e médias, fica aberto até 30 de setembro e pode captar até R$ 1,5 milhão, contra R$ 500 mil de 2004.  Para Mantega, “esse aumento dará mais agilidade aos produtores, que precisavam ficar buscando um pouco em cada lugar”.
Os fundos do BNDES contemplam a fase de conclusão de filmes aprovados pela Ancine (Agência Nacional de Cinema), com investimento específico de R$ 500 mil, e a distribuição, através dos Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica (Funcines). “Com a chancela do BNDES, eu não tenho dúvidas de que os Funcines vão deslanchar”, disse Gilberto Gil. A expectativa é de atrair outros fundos nos próximos meses.
As novas medidas fomentam também, a exibição dos filmes, com a construção de duas salas BNDES de cinema, com foco em produções brasileiras. Uma delas na Cinemateca em São Paulo e outra no auditório da sede do banco, no Rio de Janeiro. “Essa combinação entre investimento na produção e investimento na difusão, com impactos diretos na infra-estrutura, faz com que o patrocínio do BNDES se torne de fato um dínamo do desenvolvimento do conjunto da economia do cinema no Brasil” definiu o ministro, acrescentando que “a economia da cultura movimenta a cada ano o equivalente a 7% do PIB global. É o setor que mais cresce, mais emprega, mais exporta e melhor paga em todo planeta”.
Outras mudanças redefinem ainda, a comissão julgadora de seleção dos projetos. Agora, além dos representantes do BNDES, serão incluídos cinco representantes do setor de cinema e um do Ministério da Cultura.
Foram discultidos também, futuros investimentos no setor, como a criação de uma rede de Salas do Cinema Brasileiro, expansão da atuação do cartão BNDES, ações para exportação da produção de televisão, projetos de apoio a livrarias, editoras, patrimônio e artes cênicas.

Brant Associados

Redação

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