O faturamento total do setor de mídia e entretenimento no Brasil deve chegar a US$ 48,7 bilhões em 2020. A previsão de crescimento anual é de 6,4% ao ano nos próximos quatro anos, superior à média global, que deve ter um aumento de 4,4% ao ano e atingir US$ 2,14 trilhões, de acordo com a pesquisa Global Entertainment and Media Outlook 2016-2020, da PwC.
No entanto, as projeções, no Brasil e na média global, recuaram em relação à edição anterior, divulgada no ano passado. Em 2015, esperava-se aumento da receita global de 5% ao ano e, no Brasil, de 10% ao ano até 2019. Os resultados globais foram influenciados pela retração da economia da China, que levou à queda no setor de mídia e entretenimento chinês. No Brasil, contribuíram para a redução dos números a desvalorização do real em relação ao dólar e a recessão na economia.
Com crescimento médio composto anual projetado de 6,4% até 2020, o mercado de mídia e entretenimento no Brasil deverá ser estimulado principalmente pelo aumento do investimento em publicidade na internet, que deve crescer 14,6% ao ano até 2020. Outros destaques: gastos com acesso à internet (9,2% ao ano), publicidade na TV (8,6% ao ano) e TV e vídeo (3,5% ao ano), que inclui aluguel e compra de filmes e assinatura de TV paga.
O gasto esperado com acesso à internet no país em 2020 é de US$ 17 bilhões. Em 2020, o Brasil deverá se tornar o quarto maior mercado mundial de internet móvel, com 175 milhões de assinantes, à frente do Japão, Rússia e México. Com isso, o consumo de dados em dispositivos móveis deverá aumentar 500% em 2020 em relação a 2015.
Os investimentos em TV online deverão ter um aumento médio de 46% ao ano. Com o aumento dos investimentos em publicidade na plataforma digital, estima-se que a TV aberta perca market share para os demais segmentos online.
O Brasil já ocupa o 7º lugar no ranking internacional de países em gastos com TV e vídeo e deve permanecer nesta posição até 2020. Os gastos dos consumidores com o segmento, que inclui acesso a serviços de TV por assinatura, filmes, vídeos e outros conteúdos (incluindo a venda e aluguel de filmes), devem chegar a US$ 11 bilhões, com cerca de seis milhões de novos assinantes de TV por assinatura comparado com 2015, atingindo uma penetração de 33% dos domicílios brasileiros. Provedores de conteúdo de vídeo no formato streaming, como Netflix e YouTube, continuarão a representar uma concorrência importante para a TV paga.
“O que chama atenção nos resultados do Brasil é o crescimento da internet, principalmente da internet móvel”, diz Alexandre Eisenstein, gerente da PwC Brasil e especialista em Mídia e Entretenimento. “Há uma demanda reprimida pelo serviço no Brasil que, com os investimentos feitos em infraestrutura de transmissão de dados, está sendo atendida cada vez mais.”
Dos 13 segmentos analisados, dois (jornais e revistas) devem encolher até 2020. O primeiro tem queda anual média de 1,5% no mundo; o segundo, -0,1% ao ano. No entanto, há variação entre as regiões: enquanto na América do Norte as receitas com publicação de jornais terão declínio anual de 3,1%, na Índia haverá crescimento anual de 2,7%. No Brasil, jornais e revistas deverão ampliar suas receitas em pouco mais de 1% ao ano. As projeções também variam conforme a plataforma. As versões digitais de jornais e revistas crescem 9,8% e 13,2% ao ano, enquanto as versões impressas caem 3% e 3,7% ao ano, respectivamente. No Brasil, jornais e revistas digitais sobem 19% e 15,1% ao ano, e impressos, 0,4% e 0,9% ao ano, respectivamente.
Mudanças na forma de consumir e investir em mídia e entretenimento deverão se tornar mais acentuadas. “As empresas de mídia e entretenimento estão lidando com um ambiente cada vez mais complexo, onde cada mercado desenvolve sua própria dinâmica de crescimento, influenciada por fatores que vão de mudanças demográficas até hábitos de consumo, passando por infraestrutura e regulação”, diz Estela Vieira, sócia da PwC Brasil e líder de Mídia e Entretenimento.
Veja mais dados da pesquisa Global Entertainment and Media Outlook 2016-2020 no site www.pwc.com.br.
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