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Caminhos para uma cidade criativa

A criatividade como base para a transformação econômica, acompanhada por um olhar socioeconômico das indústrias criativas e análise da Economia Criativa para criar empresas sustentáveis​​. Tendo esses aspectos em vista, o Departamento de Gestão Cultural da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Nacional de Córdoba apresenta o Curso de Pós-Graduação à Distância em Gestão das Cidades e Empreendimentos Criativos, que tem início no próximo dia 25 de abril.

O corpo docente reúne os argentinos Silvina Freiberg, Alejandro Gómez e Adrían Lebendiker, a costa-riquenha Sylvie Durán, os espanhois Roberto Gómez de la Iglesia e Jordi Tresserras Juan, o colombiano Jorge Melguizo, o panamenho Gerardo Neugouvsen, o norte-americano George Yúdice, e os brasileiros Altair Assumpção, Luiz Custódio, Rodolfo Yamamoto Neves e Ana Carla Fonseca Reis.

Segundo Ana Carla, uma das principais especialistas nesse tema no Brasil, a Economia Criativa representa uma nova forma de olhar para o emprego de recursos e a convergência de benefícios econômicos, sociais e culturais. A moda, por exemplo, abre novas oportunidades para a inovação e diferenciação no setor têxtil. Por isso pode-se dizer que, além dos setores criativos em si (como publicações, audiovisual, artes visuais, música, artes cênicas, design), das indústrias culturais e indústrias de tecnologia da informação e comunicação (software, programação web, games, etc), outros setores da economia tradicional também estão inseridos no processo da Economia Criativa.

Na análise das cidades, Ana Carla explica que quanto mais criativa é a população local, mais ela será capaz de desenvolver negócios inovadores; e quanto mais inovadoras forem as empresas, mais recursos e ideias voltarão às cidades. Deste ponto de vista, a cidade deve ser entendida como um ser vivo no qual se estabelecem relações e onde se insere a criatividade.

Cidades criativas – Para entender o conceito de cidade criativa, deve-se levar em conta as suas principais características: as inovações em sentido amplo (tecnológicos, sociais e culturais) e seu constante processo de mudança; as conexões entre pessoas e espaços, permitindo transformar continuamente a estrutura econômica, com base na criatividade dos seus habitantes e em uma aliança de suas vocações econômicas e culturais; e a cultura como forma de ancorar a singularidade de uma cidade e sua contribuição econômica.

“A economia criativa surge precisamente como uma reação a um mundo em que os produtos e serviços estão cada vez mais ‘estandarizados’. Com isso, a criatividade humana torna-se um ativo econômico fundamental. O mesmo acontece com as cidades. Em um momento em que se estima que o número de turistas chegará a 1,6 bilhão em 2020, as cidades procuram se diferenciar. Alguns o fazem buscando ser o que não são (a síndrome do “eu quero ser Barcelona”), que claramente não se sustenta. Nada menos criativo do que copiar. Outras cidades se diferenciam olhando pra dentro e buscando os aspectos mais singulares que as representam. Essa sim é uma estratégia criativa”, explica Ana Carla.

Uma cidade que incentiva a criatividade é uma cidade em que as pessoas com diferentes ideias são bem-vindas, onde os espaços públicos são espaços de encontro e reconhecimento. “São cidades que vivem em constante processo de transformação e valorizam a diversidade. Um ambiente criativo é um campo de inspiração e inovação. É um ciclo que gira continuamente”, completa a especialista.

Clique aqui para saber mais sobre a Pós-graduação à Distância em Gestão das Cidades e Empreendimentos Criativos da Universidade de Córdoba.

*Ana Carla Fonseca Reis também estará no Cemec, em São Paulo, nos dias 3 e 4 de maio, para seu novo curso – Cidades Criativas. Clique aqui para saber mais.

 

Redação

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