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Como exportar a música brasileira com retorno econômico?

A música brasileira é notoriamente uma das mais importantes no cenário mundial. Se essa realidade traz prestígio cultural ao nosso país, o que nos beneficia, de forma geral, o mesmo não ocorre na geração de divisas econômicas diretamente ligadas à área musical.

“Apesar do poder econômico do país e sua rica produção musical, nossa presença no cenário internacional é muito underground e esporádica, dependendo mais do trabalho de produtores internacionais do que dos produtores brasileiros”, diz David McLoughlin, consultor internacional da BM&A (Brasil Música e Artes) e do projeto BME (Brasil Music Exchange).

Segundo ele, embora tenhamos muitos casos de sucesso, as exportações de música brasileira ainda não trazem ganhos significativos e contínuos, nem geram carreiras significativas ou empregos a longo prazo. E para aumentar as exportações de música seria necessário realizar uma abordagem coordenada para a comercialização, envolvendo associações regionais e nacionais, assim como órgãos do governo.

“Apesar da crença popular, a música brasileira nunca se colocou no mercado internacional. A oportunidade está aí; nós temos música comercial e com qualidade e existe um público lá fora. O que falta é uma estrutura regional e nacional focada no mercado internacional”, afirma.

McLoughin estará no Cemec nos dias 9 e 12 de fevereiro, para mais uma edição do curso Mercado Internacional da Música, que traz ainda o produtor Flávio Scubi de Abreu e o gerente de projetos do programa Brasil Music Exchange da BM&A, Leandro Silva.

O curso consiste em um guia de experiências de sucesso e identificação de oportunidades no mercado externo para a música brasileira, tendo em vista a geração de resultados econômicos.

Leandro Silva lembra que o planejamento é essencial. No caso na internacionalização da música, pensando nos artistas e empresários, é necessário analisar aspectos como: Quais são os pontos fortes da música? Qual público deve ser atingido? Existem artistas com trabalhos semelhantes que já se projetaram no exterior? Como eles conseguiram isso? Quais ações devem ser executadas para se projetar no exterior? Quanto dinheiro será necessário para executar estas ações? Qual é a fonte dos recursos?

“A partir da resposta dessas e outras questões, o produtor deverá estar mais preparado e organizado para iniciar sua projeção no mercado internacional”, explica Silva.

Clique aqui para ver a programação completa do curso.

Redação

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