Consultoria especializada para o setor cultural

Sócios da Cesnik, Quintino e Salinas Advogados lançam a Animus Consultoria para atender demandas do setor cultural e de entretenimento.

Adaptar-se a mudanças é regra básica em qualquer manual de sobrevivência, seja ele voltado ao mundo dos negócios ou não. Com o ritmo cada vez mais vertiginoso da sociedade moderna continua a ser uma necessidade imprescindível.

E, claro, no complexo universo do entretenimento não haveria de ser diferente. Poucos discordam que essa indústria nos moldes tradicionais é coisa do passado. Ao mesmo instante, surge cada vez mais espaço para a experimentação de novos modelos de negócios.

Foi essa a percepção que inspirou a nova consultoria de projetos, a Animus. Na realidade, uma diversificação da atuação do escritório Cesnik, Quintino e Salinas Advogados – um dos maiores do Brasil no atendimento ao entretenimento e terceiro setor.

“Vários trabalhos que desenvolvíamos não eram essencialmente jurídicos, mas a avaliação era de que se tratavam de bons projetos e que deveríamos assumi-los”, conta o advogado, Fabio Cesnik, especializado em legislação cultural, e sócio nas duas empresas.

“Não se trata de passar a atuar como empreendedores do mercado de entretenimento, mas sim de prestar consultoria especializada em áreas em que a expertise jurídica é necessária, mas não representa a essência do serviço”.

O caso mais notório foi com um dos clientes do escritório, que demandou pedidos de mais de duas mil autorizações para regularização de direitos (autorais, de imagem e conexos) relativos a conteúdos que integrariam produções audiviosuais.

“Nosso trabalho era o de redigir os instrumentos jurídicos para novas autorizações, mas também precisamos identificar direitos e os respectivos titulares, além de ir atrás de cada titular para pedir autorização, o que não é um trabalho essencialmente jurídico”.

Foi necessário obter autorização por autorização para veiculação do produto, de um total de mais de dois mil titulares, detalha o advogado. Entretanto, o cuidado com o trabalho jurídico os fez perceberem a possibilidade de um novo mercado. “Estávamos desenvolvendo, no segmento para-legal, uma expertise especial que poderia ser aproveitada”, conta Cesnik. “Os resultados foram muito interessantes”.

Pela ausência de prestadores do serviço no País, os produtores normalmente recorrem a advogados para realizar a regularização de direitos. A nova empresa vem suprir essa lacuna de mercado: “cada vez mais no Brasil, produtores de conteúdo passam a se preocupar com a questão dos direitos autorais e de imagem nos produtos que lançam ao mercado.

Resultado da profissionalização do setor. O serviço de regularização vem para atender a essa demanda, promovendo um diálogo mais eficiente entre produtores e os titulares de direitos sobre os produtos veiculados ao público”, salienta Cesnik.

Após um período de experiências com trabalhos semelhantes no escritório Cesnik, Quintino e Salinas, ficou evidente que se tratavam de negócios distintos, afirma. “Resolvemos separar as estruturas em empresas, centros de custos e administrações distintas. A intenção, com isso, é prestar um serviço focado nas necessidades dos produtores, que certamente passam pela questão jurídica mas não se esgotam nela”.

A nova empresa deve atuar em dois segmentos específicos: regularização de direitos para viabilização de conteúdos diversos (serviço que, em outros países, já se encontra desenvolvido e atende pelo nome de copyright clearance) e assessoria a projetos culturais ou esportivos – desde a elaboração e conceituação até a administração e prestação de contas.

Mais informações:

www.cqs.adv.br
ou e-mail cesnik@cqs.adv.br ou cesnik@animusconsult.com.br