Reportagem da revista Época deste domingo (10/6) mostra que, em São Paulo, estão cada vez mais numerosas as cópias dubladas de filmes estrangeiros. Segundo a matéria, para conquistar um público maior, os cinemas têm apostado nas versões sem legenda.

O filme “Os Vingadores”, por exemplo, teve 1.152 cópias lançadas no Brasil, 673 eram dubladas. A obra superou os R$ 110 mi­lhões de faturamento, a maior bilheteria da histó­ria dos cinemas brasileiros. A superprodução ado­lescente “Crepúsculo: amanhecer – parte 1”, lançada no ano passado, também seguiu a estratégia. Qua­se dois terços das cópias lançadas eram dubladas, e elas faturaram mais que as versões legendadas.

O fato revela uma nova demanda dos espectadores. Segundo o Insti­tuto Datafolha, 56% dos frequentadores de cinema preferem filmes dublados. A ascensão de uma nova classe média, que passou a freqüentar os cinemas recentemente, explica a mudança do gosto. “Essas pessoas estavam acostumadas a filmes dublados na televisão aberta e querem o mesmo nos cinemas”, afirma Cesar Silva, diretor-geral da distribuidora Paramount no Brasil.

Os canais de televisão por assinatura também adaptaram sua programação: filmes e séries passaram a ser dublados. A rede Telecine, por exemplo, adotou o áudio em português como primeira opção em quatro de seus canais. Caso o assinante prefira a ver­são legendada, deve fazer a escolha com o controle remoto.

Assim como no cinema, a mudança tem a ver com o crescimento do público. “Há quatro anos, a televisão por assinatura tinha quatro milhões de assi­nantes. Hoje tem 13 milhões. Deixou de ser um serviço para poucos”, diz Manoel Rangel, diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine).

A íntegra da reportagem está disponível aqui.

*Com informações da Revista Época


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