Manifestações e movimentos relevantes não são feitos com exércitos de um homem só. Para provocar mudanças e levantar discussões é necessário fazer barulho, e quem tem preocupações sobre como caminha a humanidade sabe bem disso.
As iniciativas contemplam diversas esferas. No Catarse, por exemplo, é possível encontrar desde ações voltadas para a retomada cultural de uma região da cidade – caso do Festival Baixo Centro, em curso na capital paulista -, até propostas que discutem assuntos polêmicos, como a Marcha da Maconha. No caso da marcha, os organizadores pedem auxílio para a aquisição de materiais de divulgação.
A passeata, que ocorre anualmente em São Paulo, entre trancos e barrancos, e discute a legalização do consumo, da produção e da distribuição da erva, quer fazer reverberar ainda mais seu protesto e, para isso, procura envolver os interessados em todo o processo de desenvolvimento da marcha, inclusive na arrecadação de recursos para a divulgação.
Essa é uma tática comum a essas inciativas, afinal, há forma melhor de engajar alguém em um projeto, do que tornar essa pessoa parte dele? É por isso que as plataformas de financiamento coletivo se mostram uma alternativa tão boa para os ativistas. O foco está em incitar uma atitude dos interessados.
E quem se interessa, participa. Prova disso foi o financiamento do documentário Belo Monte – Anúncio de uma guerra. A meta de arrecadação era alta para os padrões dos sites de crowdfunding brasileiros – R$ 114 mil. Mesmo assim, o projeto, fruto de dois anos de trabalho dos realizadores, ultrapassou a quantia e fechou a conta com R$ 140 mil para finalizar e disponibilizar o filme online.
Ambos os projetos citados também são um exemplo de que um vídeo bem trabalhado ajuda a propagar a ideia com mais facilidade.
Política – Alguns projetos também envolvem as instâncias políticas no esquema, como o Repolítica. Através de um questionário o site aponta quais candidatos têm ideias parecidas com as suas, fazendo um ranking com seus políticos ideais. A plataforma também quantifica informações de fontes oficiais – como jornais e revistas – e opiniões dos eleitores sobre cada candidato.
O designer Daniel Veloso, um dos idealizadores do projeto, afirma que a ferramenta foi criada depois que eles e seus amigos (os outros fundadores do Repolítica) constataram que era impossível fazer uma análise de todos os concorrentes aos cargos públicos. “Daí a gente começou a imaginar um sistema que tornasse o processo mais justo e mais fácil”, explica.
Quando o site foi ao ar, em 2010, mais de 150 mil pessoas se cadastraram. Em 2012, ano de eleição, a expectativa é que o número cresça. Para dar conta da demanda, os idealizadores querem contratar programadores e hospedar o site em um servidor “mais robusto”. Para isso eles pedem a ajuda dos eleitores. “Em vez de sair por aí procurando um investidor particular, fazia muito mais sentido nos focarmos nas pessoas que vão aproveitá-lo diretamente, ou seja, todo mundo”, afirma Veloso.
Para ele, colocar um projeto no crowdfunding é chamar as pessoas para a ação, especialmente em projetos com um foco político-social. “É uma forma de mostrar pra elas que agir é essencial. O mundo não muda só com pensamento positivo”, afirma.
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