Nos últimos tempos temos visto um aumento na procura, por parte dos produtores e gestores culturais, por cursos de formação com foco mais restrito na área. “Acredito que isso seja consequência de uma dedicação de todos os lados do mercado: artistas que se disponibilizaram a construir uma visão mais ampla de seus produtos culturais, empresários que aprenderam a valorizar e investir no mercado cultural, profissionais de outras áreas que focaram seus conhecimentos para agregar a este mercado e ao público, cada vez mais exigente e participativo”, afirma Nany Semicek, gerente nacional de operações da Ingresso Rápido.
Ela falará sobre elaboração de projetos na Jornada Projetos Culturais, que abre a série de quatro cursos assinados pelo Cultura e Mercado em julho no Cemec. Para Nany, o setor cultural está amadurecendo, mas ainda se mantém instável – sua principal característica.
Em suas aulas, ela fala sobre a importância de aliar conteúdo e experiência durante a elaboração. “É muito comum que quando pensemos em um projeto cultural dediquemos a maior parte da nossa criatividade no desenvolvimento do conteúdo. Porém o contato com o projeto cultural é substancialmente físico por parte do público, por isso, devemos dedicar nossos esforços em planejar como a sua execução será feita de forma atraente e eficaz”, defende.
Kluk Neto, que abordará os fundamentos de marketing para projetos culturais, explica que entender um projeto dessa área como portador de benefícios, experiências e conceitos – “seja o que for que se consubstancia num produto a ser trocado ou intercambiado com o seu público e que poderosamente pode carregar atributos únicos e diferenciados” – é de extrema importância para o gestor. “Com isso pode-se potencializar não somente a entrega do valor cultural proposto, mas também comunicar melhor, conhecer o valor monetário do mesmo, entender e interagir melhor na complexa rede de relações de trocas de valor que se dão entre os diversos agentes na cadeia de financiamento, produção e consumo (fruição) da produção artística e cultural”, afirma.
Cláudia Taddei, professora do módulo Gestão de Projetos, lembra que as ferramentas utilizadas na prática cultural são um híbrido entre as de gestão social e as de administração-empresarial. “Adotamos um método de trabalho que inclui uma avaliação bastante extensa não apenas quanto aos resultados e efeitos tangíveis, mas também quanto aos intangíveis. Estes balanços nos auxiliam na continuidade dos projetos ou no desenvolvimento de novos.”
Ela destaca ainda a importância do foco no processo, por acreditar que ele seja determinante em alcançar bons resultados. “Se atuarmos com foco exclusivo em resultados pré-estabelecidos corremos o risco de deixar de lado uma série de efeitos e desdobramentos decorrentes da prática cultural e sua produção simbólica. O foco em resultados é importante para nortear as ações, mas o foco no processo é fundamental para dar mais clareza à complexidade e melhorar a qualidade das práticas culturais”, afirma.
Completando a jornada, Flávia Manso falará sobre o funcionamento das leis de incentivo mais utilizadas no país: Lei Rouanet, ProAC e leis municipais.
Para mais informações sobre o curso, clique aqui.
A Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo abriu uma…
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou a página Aldir Blanc Patrimônio,…
Estão abertas, até 5 de maio, as inscrições para a Seleção TV Brasil. A iniciativa…
Estão abertas, até 30 de abril, as inscrições para o edital edital Transformando Energia em Cultura,…
Na noite de ontem (20), em votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso…
A Fundação Nacional de Artes - Funarte está com inscrições abertas para duas chamadas do…