Disney segue tendência e aposta grande em menos filmes

Nos últimos anos, os estúdios de Hollywood vêm produzindo menos filmes, porém mais caros, capazes de gerar várias sequências. Quando funciona, a recompensa é grande: a série de oito filmes de Harry Potter rendeu US$ 7,7 bilhões nas bilheterias.

A tendência dos estúdios Disney é justamente essa: apostar grande em um número menor de filmes. Eles prevêem distribuir 12 filmes próprios neste ano nos EUA, em comparação com os 19 que distribuiu há dez anos, segundo reportagem do jornal Valor Econômico desta terça-feira (13/3).

Em “John Carter”, novo filme do estúdio, um veterano da Guerra Civil transportado para Marte luta contra macacos gigantes com dentes de sabre e quatro alienígenas brandindo espadas. A produção custou cerca de US$ 250 milhões, sem contar o marketing, segundo a empresa de pesquisa Box Office Mojo, que estima que o filme vai arrecadar US$ 60 milhões em sua temporada em cartaz nos Estados Unidos – com base no desempenho de filmes similares, na data de lançamento e na repercussão em sites como Twitter e Facebook.

Críticos apontam para gafes de marketing, como um trailer inicial que parecia ser igual a outros filmes, e a decisão do estúdio de tirar do título as palavras “de Marte”, depois do fracasso de “Marte Precisa de Mães”, em 2011. Segundo Harry Knowles, crítico do site aintitcool.com, o marketing da Disney para o filme foi “preguiçoso e muito tardio.”

“John Carter”, ao lado de “Enrolados” e “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”, está entre os filmes mais caros já produzidos pela Disney, segundo a Box Office Mojo. O primeiro lugar é de “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo”, de US$ 300 milhões, que teve filmes antecessores de grande sucesso antes de ter seu orçamento determinado.

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*Com informações do Valor Online