Em um mercado audiovisual cada vez mais competitivo, com uma velocidade meteórica, é cada vez mais comum os executivos de emissoras de TV, investidores e produtores fazerem a seleção daquilo que vão ler e produzir baseados numa curta defesa oral do criador da ideia.
Seja numa reunião, num grande evento para produtores ou numa festa informal, é preciso estar preparado para apresentar seu projeto de maneira concisa, direta, interessante e segura. E para ensinar como fazer isso, Cultura e Mercado e Cemec convidaram Ivan Teixeira. Ele, que já trabalhou na produção de diversas obras nacionais e internacionais – como “Tainá 2”, “Desmundo”, “Lisbela e o Prisioneiro”, “Ensaio sobre a Cegueira” e “Os Mercenários” -, apresenta o curso Técnicas de Pitching, que acontece em São Paulo nos dias 17 e 18 de maio.
Conversamos com Teixeira para saber qual a importância de conhecer essas técnicas. Leia a seguir:
Cultura e Mercado – Em 2012 você fez o primeiro curso Técnicas de Pitching no Cemec. O que mudou de lá pra cá nesse mercado?
Ivan Teixeira – No mercado brasileiro a defesa oral/pitching de um projeto já não é um bicho de sete cabeças. Os produtores e realizadores, bem ou mal, foram obrigados a desenvolver algum know-how nesse sentido devido à exigência do mercado, principalmente dos canais internacionais.
CeM – É realmente possível vender um projeto audiovisual em 60 ou 90 segundos?
IT – Claro que não! Mas é possível despertar o interesse do “comprador” em saber mais sobre o projeto. E é isso que vale! Daí ele vai dedicar tempo ler o roteiro inteiro, a proposta toda, assistir o teaser, etc. É o primeiro passo para que seu projeto possa ser considerado.
CeM – Sabemos que é muito difícil prever quando vai surgir a oportunidade de apresentar um projeto. Pode ser num grande evento especialmente dedicado a isso, no elevador ou durante um cafezinho. Os produtores e roteiristas brasileiros, no geral, estão preparados para todas essas ocasiões? Ou ainda sobram boas ideias para pouco conhecimento sobre como apresentá-las?
IT – Considero que não, a maioria não está preparada. E quando tentam apresentar, o fazem da maneira errada, gerando repulsa pelo projeto ao invés de atração. Em geral falam muito sobre o projeto e geram confusão e desinteresse.
CeM – Também acontece de haver projetos ruins, mas com bons vendedores? Quais as chances deles irem adiante?
IT – Sem dúvida. Uma ideia medíocre bem apresentada, fazendo com que o interesse seja despertado, pode vir a ser realizada em detrimento de uma fantástica idéia que não foi bem vendida. Os executivos/investidores recebem/ouvem dezenas de pitchings por semana. Se sobressaem aqueles que foram bem articulados, não necessariamente os melhores. Não é por meritocracia.
CeM – Seu curso é muito prático e todo baseado nos projetos que os alunos trazem. Além da técnica, o que uma pessoa que deseja vender seu projeto audiovisual precisa ter para conseguir o sucesso?
IT – A técnica é uma habilidade que se aprende. A paixão pessoal pelo projeto pode ser o grande diferencial. O brilho no olho no momento da apresentação pode fazer toda diferença e isso só acontece com quem realmente acredita no que está vendendo.
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