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Empresas de bens de consumo são as maiores anunciantes do país

Dos R$ 36 bilhões de investimentos em publicidade no ano passado no Brasil, 71,4% representaram gastos em compra de mídia para a veiculação de anúncios. Foram R$ 25,7 bilhões, segundo cálculos do grupo Meio & Mensagem.

Os números constam do Ranking Agências & Anunciantes 2010, a ser divulgado hoje, e levam em conta os descontos tradicionalmente concedidos pelos veículos de comunicação. Considerando somente os 300 maiores anunciantes, os gastos com mídia somaram R$ 17,4 bilhões.

O ranking traz algumas novidades que refletem o ambiente de negócios do país, diz José Carlos de Salles Gomes Neto, presidente do Grupo M&M. As multinacionais de bens de consumo (alimentos, higiene e limpeza) Procter & Gamble e Reckitt Benckiser estão investindo pesado em comunicação para concorrer com a Unilever, que está no Brasil há mais de 80 anos com diversas marcas líderes (como Omo, AdeS e Hellmann’s).

A Reckitt (dona das marcas Veja, Vanish, Harpic, entre outras) aumentou em 92% seus investimentos com publicidade, passando do 19º lugar (2009) para o 7º. A Procter (Pampers, Ariel, Crest) aumentou em 96% seus gastos, pulando da 23ª posição para a 10ª. Já a concorrente nacional Hypermarcas, que passa por uma fase de corte de custos, reduziu em 24% os seus investimentos em mídia no ano passado. Com as ações em queda, a companhia demitiu recentemente 200 funcionários de uma de suas empresas, a Mantecorp, e estaria negociando a venda das marcas Etti e Assolan.

Outro destaque é a montadora Hyundai Caoa, que alcançou o 4º lugar na lista, abaixo de Casas Bahia, Unilever e Ambev, que lideram o ranking há alguns anos.

A representante brasileira da montadora coreana, que em 2008 ocupava a 21ª posição no ranking, aumentou em 86% seus gastos com mídia no ano passado. Há pelo menos três anos, a companhia não passa um dia sem anunciar na TV e nos principais jornais nacionais e regionais, além das revistas semanais. “Na medida em que as vendas foram crescendo, o investimento em comunicação também cresceu proporcionalmente”, diz Alan Strozenberg, sócio e vice-presidente da Z+, agência responsável pela conta.

Do lado das agências, poucas modificações. A fusão da W/, de Washington Olivetto, com a McCann Erickson, a partir de maio do ano passado, fez a agência do grupo Interpublic saltar da 11ª posição para a 4ª no ranking das maiores agências.

*Com informações da Folha de S. Paulo

Mônica Herculano

Jornalista, foi diretora de conteúdo e editora do Cultura e Mercado de 2011 a 2016.

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