Acabou a Lei de Fomento ao Teatro em São Paulo. É o que afirma, parte da classe teatral paulista. Segundo interpretação de grupos artísticos, ela foi extinta – na calada da noite – pelo decreto municipal nº 51.300, do prefeito Gilberto Kassab. Fomento à dança e programa VAI também são atingidos pela medida, que está sendo interpretada como uma ‘terceirização da Lei de fomento’.
“O decreto permite também que a própria secretaria apresente projetos, sem licitação, imagina no que isso vai dar?”, comenta Marcio Boaro, diretor teatral da Companhia Ocamorana, um dos grupos que compõe o Teatro Coletivo. Outro motivo de grito é que artistas passam a pagar 20% de INSS, ao invés dos 11%.
Em resumo, setor cultural aponta para a estruturação de um novo aparato burocrático que pode engessar e inviabilizar atividades de grupos. “Executivo não pode legislar”, observa Boaro. “Decreto passa por cima do Legislativo”, concorda o ator, Marcos Pavanelli, durante manifestação na Assembléia.
Sobrou pro secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, convidado a dar explicações sobre mudanças impostas pelo decreto. Próxima assembléia deve ocorrer já na próxima semana, dia 3 de novembro, de acordo com o vereador José Américo – autor da Lei de Fomento à Dança.
Américo informou, entretanto, que Calil, ao ser questionado, disse não ‘ter nada a ver com isso’, e transferiu responsabilidade para o colega, Cláudio Lembo, secretário municipal dos Negócios Jurídicos.
Contrário à medida, vereador anuncia reação. Segundo ele, na forma de um decreto legislativo que deve cassar o decreto municipal. “Não é simples, mas estou indo por ai.” Para ele, a lei está sendo adulterada.
Como já era de se esperar em um protesto da classe artística, tudo terminou em samba – com direito a batucadas, apitos e tamborim. No megafone, o enredo: “Já caiu, já caiu, o decreto e o Calil”.
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A "Classe" com raríssimas exceções ajudou a eleger o Serra, vive mamando nas tetas do governo do estado e da prefeitura e agora ajudou a reeleger o Alckimin e esse boneco do Kassab , quer reclamar do que????Isso é PSDB ...normal!
Se tucanos tivessem o cérebro desenvolvido como tem o bico, eles não mexeriam com a classe artística. Quem mete o bico onde não foi chamado, vai machucá-lo. Resta à Cultura, movimentar-se no sentido de exorcizar estes vampiros da vida pública, pois eles sabem que não dá pra meter os dentes no pescoço público, se o sangue não estiver sob o controle de uma OS. Se o teatro tivesse os
mesmos recursos vultosos como tem para as novas linhas do metrô...a conversa seria outra, não é mesmo Sr. Conde Drácula?