No Fórum Literatura na Escola – Biblioteca Escolar e Mediação da Leitura, promovido pelos ministérios da Educação (MEC) e da Cultura (MinC), semana passada, em Brasília, uma série de sugestões para o fomento à leitura e à difusão da literatura brasileira foi destacada pelos participantes do evento.
A reintrodução do estudo da literatura nas diretrizes das escolas de educação básica, a manutenção de acervos bibliográficos, a transformação da biblioteca em um espaço que seja o ‘cérebro da escola’, mudança no currículo de formação do bibliotecário e a formação inicial e continuada do professor para que ele seja um mediador da leitura estão entre as recomendações dos especialistas.
Segundo o coordenador-geral de Livro e Leitura do MinC, Jéferson Assumção, a iniciativa teve um balanço positivo por tratar-se de um tema fundamental destacado no projeto Retratos do Brasil – seminário realizado no mês de junho, que mostrou o quanto a escola é fundamental para a formação de leitores no Brasil. “Portanto, discutir que tipo de literatura e que tipo de relação que os estudantes têm com a literatura é muito importante, e o Fórum fez isso.”
O encontro reuniu educadores, bibliotecários, empresários da área do livro e principalmente escritores para tratar e defender uma leitura de literatura não instrumental. “Quer dizer, defender que a escola se relacione com a literatura de maneira não utilitária, não pragmática, mas, com toda liberdade que deve perpassar a relação com a literatura”, explicou Jéferson Assumção.
Como resultado do Fórum, será publicado um documento assinado por todos os representantes das entidades participantes, defendendo que a literatura dentro das escolas seja desenvolvida em toda sua dimensão criativa. A literatura como espaço de liberdade de criação e não como instrumento com a finalidade de transmitir determinada pedagogia ou ideologia.
O coordenador-geral de Livro e Leitura do MinC ressaltou que o Plano Nacional do Livro e Leitura conseguiu, mais uma vez, congregar atores do mundo livro, da leitura e da literatura para discutir um tema específico e que afeta a todos. “Quero dizer, reunir mais de cinqüenta especialistas do Brasil inteiro. Assim como fizemos no ano passado para discutir bibliotecas, o Programa Mais Cultura, isso é muito importante. Nesse sentido, o Fórum está dentro de um conjunto de atividades que o PNLL vem promovendo para que governo e sociedade civil discutam os rumos das políticas do livro, leitura e literatura”.
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Aleluia! Enfim a exposição desse nervo doente e que precisa ser cutucado!
O arcaismo do ensino da língua portuguesa, apoiado nas definições da gramática e não no uso correto do idioma, e a forma como livros são tratados como 'anexos' da matéria da sala de aula, são os causadores deste miserável ambiente anti-leitura vigente no Brasil de norte a sul.
Como escritora, professora e leitora, penso que uma reformulação geral não só é fundamental, como tem que ser instituído o quanto antes.