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Google admite ter coletado dados pessoais de acesso à internet

Vai! Me engana que eu gosto… O Google admitiu na sexta-feira, 5, que, desde o início do Google Street View, serviço de mapas com fotos de ruas, vem coletando “inadvertidamente”  (olha o eufemismo…) informações pessoais sobre usuários que utilizam redes sem fio desprotegidas ao redor do mundo.

Em post no blog oficial da empresa, o vice-presidente sênior de engenharia e pesquisa, Alan Eustace, assumiu que a companhia armazenou dados como os nomes das redes sem fio e os números dos roteadores dos internautas, mas não teve acesso às informações transmitidas na rede pelas pessoas.

De acordo com o executivo, a coleta de informações ocorreu por conta de um erro técnico causado por um código de programação mal escrito no software desenvolvido para que os carros de mapeamento do Street View acessem a web. Eustace conta que o programa vinha, desde 2007, copiando os endereços de acesso das redes pessoais que detectava e os armazenava num pequeno banco de dados, problema que passou despercebido pelos técnicos do Google.

Ainda no post, a empresa se compromete a apagar as informações assim que possível e informa que já entrou em contato com os principais órgãos reguladores mundiais para iniciar o processo. O esforço, contudo, não deve ser suficiente para acalmar os ânimos dos defensores da privacidade on-line ao redor do mundo.

Segundo informações do New York Times, o comissário federal para proteção de dados e liberdade de informação da Alemanha, Peter Schaar, ironizou os motivos apontados pelo Google para a coleta dos dados e concluiu que “o software defeituoso foi instalado e usado sem ter passado por testes, por isso bilhões de bits foram coletados sem que ninguém tenha reparado, nem mesmo as equipes técnicas do Google”.

Já Simon Davies, diretor da Privacy International, entidade mundial para proteção de dados pessoais transmitidos na web, acredita que os danos, tanto à privacidade dos internautas quanto à imagem pública do Google serão irreparáveis. Ele analisa que, em três anos, o site de buscas saiu de uma posição de quase adoração em todas as partes para se tornar uma espécie de “Big Brother” do comportamento dos internautas.

Fonte: TI inside.

Luana Schabib

Repórter. Escreve sobre pessoas, convergência e cultura.

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