Na primeira vez em que a Bienal do Livro do Rio terá como país homenageado o próprio Brasil, o número de autores estrangeiros convidados é o maior da história do evento. São 23 confirmados para a 15ª edição, que acontecerá entre 1º e 11 de setembro, no Riocentro. A partir desta segunda-feira (1/8) é possível comprar entradas antecipadas (R$ 12 a inteira) no site www.ingressomais.com.br.
A maioria dos escritores vindos do exterior são best-sellers, correspondendo à grande escala da bienal. São nomes como os americanos Anne Rice (célebre por “Entrevista com o vampiro”), Scott Turow (“Acima de qualquer suspeita”), William P. Young (“A cabana”) e Patricia Schultz (“1.000 lugares para se conhecer antes de morrer”), todos lançando no Brasil seus títulos mais recentes.
Autores com mais prestígio do que vendas, casos do português Gonçalo M. Tavares e do angolano Ondjaki, são exceções, confirmando a pouca semelhança entre a feira e a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty).
“A bienal não tem vocação para nicho”, afirma Sonia Machado Jardim, diretora do grupo Record e presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), organizador da feira juntamente com a Fagga Eventos. “É um evento da cidade, que atrai pessoas de todas as idades e todos os interesses.”
Na edição de 2009, foram 640 mil visitantes e 2,4 milhões de livros vendidos, números que os organizadores pretendem repetir agora. Também é igual a quantidade de expositores: 950, divididos em 55 mil metros quadrados.
Sonia procura destacar que não são só números e cifras que movimentam a bienal. “Haverá mesas importantes, nada superficiais, em que serão debatidos pensamentos sobre o Brasil.”
É como ela vê, por exemplo, a palestra “Pátria amada, pá$minha? Como o Brasil se tornou mais Brasil?”, que o jornalista e historiador Eduardo Bueno dará, não por acaso, no dia 7 de setembro, na série Encontro com Autores – reservada àqueles com potencial para atrair maior público.
Ou de mesas do já tradicional Café Literário que terão o selo “Homenagem ao Brasil”, entre elas a de Zuenir Ventura com Luiz Eduardo Soares e a do angolano Pepetela com Nei Lopes. “A História terá uma presença forte na programação, pois é uma marca do mercado editorial hoje. Livros sobre História têm despertado muito interesse nos leitores”, diz Ítalo Moriconi, curador do Café Literário.
O jornalista Laurentino Gomes, autor dos best-sellers “1808” e “1822”, será entrevistado pela cientista política Lucia Hippolito no Debateboca, novidade para a qual só se fechou esta atração. Moriconi também criou saraus poéticos, que terão as participações de Ferreira Gullar, Antonio Cícero, Chacal e jovens nomes.
Um dos espaços que deverão ter maior repercussão é o Mulher e Ponto, pois nele a presidente Dilma Rousseff falará à jornalista Mônica Waldvogel sobre sua relação com os livros. Dilma também deverá ir à abertura da bienal.
Dois dos destaques de 2009 voltam com algumas modificações. O Livro em Cena tem novo diretor, Gabriel Villela, que organizará o espaço no qual, entre outras atrações, José Wilker lerá trechos de “Triste fim de Policarpo Quaresma”, de Lima Barreto, e Marcello Antony lerá crônicas de Rubem Braga.
Já o espaço interativo Maré de Livros, voltado sobretudo para crianças e adolescentes, será uma variação da Floresta de Livros, de dois anos atrás. Desta vez, o curador João Alegria propõe uma espécie de mergulho literário aos visitantes, que terminarão seu percurso num aquário em que a sensação desejada é a de estar imerso em livros.
“O objetivo é produzir emoções fortes com a leitura para formar novos leitores”, diz Alegria, que escreveu histórias específicas para a Maré.
Referendados pelo sucesso de 2009, quando Meg Cabot (“O diário da princesa”) teve um encontro extra com o público e Thalita Rebouças atraiu hordas de fãs em sua passagem pelo Riocentro, os organizadores apostam no Conexão Jovem como um dos campeões de público neste ano. As americanas Alyson Nöel (da série de fantasia “Os imortais”) e Lauren Kate (“Fallen”) terão sessões próprias no auditório maior do evento, assim como Thalita. Fenômeno teen, a cantora, atriz e também escritora Hilary Duff, de 23 anos, é outra atração que vem dos Estados Unidos para a bienal.
*Com informações de O Globo Online
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