Sim, pois é o Brasil mudou. Sim eu sei, o Barreto e as muita patotas continuam achando que ganharam a cultura por uso capião no momento em que vieram ao mundo. Então vem os mísseis da Sociedade para o Estado e pelo estado, pelo pedaço do estado, e boa….
O PT, que já foi de Sérgio Buarque de Holanda, tem e deve se posicionar a altura, como grande vitorioso de um processo que é maior que o eleitoral brasileiro – que é o do lastro mundial simbólico contruído pelo Lula. Seria ótimo que o PT contruísse na Cultura as grandes agendas construídas dentro do partido como a política de renda mínima/bolsa família e as de agendas econômicas e sociais anti-cíclicas, de forma que elas pudessem ser aplicadas em outros países que tem uma situação tão miserável como a nossa.
As políticas de microcrédito cultural e de desenvolvimento das agendas criativas que aglutinem o micro, o mini, o frágil e uma agenda de inovação. Normalmente, só para clarear, o micro e o desenvolvimento são um pecado horrível para muitos economistas. Inclusive vale destacar a atuação do MinC no PNC. Só para manter essa agenda, o PT tem que ficar e inovar no MinC. São extremamente animadoras que um deputado dinâmico como o Paulo Teixeira e ligado as questões atuais tenha se tornado líder do PT. Veremos como será a atuação do Mercadante no MCT, meus patuás aos dois.
Os setores da sociedade, da classe artística, nos novos atores do processo também tem que ficar no MinC e os atores que ainda irão aparecer tem que entrar. Acho que tem que ser um Ministério de composição. Muitos irão definir essa visão com um arranjo institucional barato, loteamento e essas baboseiras. Acho que ela é simplesmente democrática. Essa discussão com o jargão da política de “porteira fechada ‘e “porteira aberta” tem que ser superada, ela é medíocre e autoritária. E em geral representa a soma da incapacidades e não dos talentos.
Obviamente concordo que os patrimonialismos são vias de mão dupla. Se um dirigente constrói uma agenda de linguagem e com ela se constrói temos problemas. Por exemplo, um dirigente não pode construir alicerces nas artes plásticas (ou na música, ou no teatro) que possam representar a pavimentação de caminhos outros que não a articulação da sociedade, e impor prismas e angulações como se fosse um desejo democrático – temos mais problemas ainda. Isso tem que ser superado!
Mas qual é a agenda para os próximos 4 anos?
Nós devemos quebrar com os paradigmas setoriais do pensamento cultural, nós temos que ganhar no campo dialógico. O próximo ciclo de governo deverá olhar para um país que se expande, para as políticas de impacto cultural na América do Sul, inclusive com obras físicas como as novas estradas de integração com o Pacífico, e com a virtual chegada imigrantes sulamericanos em busca do trabalho.
O próximo ministro, Juca ou não, tem que ter um olhar contemporâneo e participar das atividades, que discutam inovação com real interesse. O Fórum de Cultura Digital é um exemplo, nós precisamos saltar da agenda cultural para uma agenda de desenvolvimento estratégico, ecologicamente inventivo e globalmente responsável. O Ministro tem que estar onde está a agenda nova. Agenda que o ex-presidente Lula inclusive deverá atuar de modo mais transversal.
Nós precisamos aglutinar os produtores culturais brasileiros, transferir modelos estéticos, criar integrações das técnicas culturais e de uma vez por todas: promover o setor do trabalho cultural, dos operários, que a turma dos coquetéis odeia.
Para isso não precisamos de dirigentes críticos iluminados, e estetas de gabinete, mas apenas de bons dirigentes, que acreditem, como é a base do projeto Gil e Juca, em deixar fazer e no estado como fomentador e financiador direto da cultura no que lhe cabe de estratégico. O Brasil não precisa e não quer “cardeais richelies” e ideólogos de araque nem na iniciativa privada, nem na sociedade civil mas muito menos no Estado. Isso já é bem estranho vai ficar mais em 2014.
Nós temos que romper com os tabus arcaicos da educação e criar um integração real, isso não é nem pode ser conversa para boi dormir.
A melhor qualidade dessa gestão, na minha opinião, foi sua estratégia de comunicação com a sociedade, brilhante e democrática, com mecanismos de consulta pública que mudaram de vez a forma de fazer política pública no Brasil e com uma participação plural no debate colocando e incentivando que os atores para a arena pública: a coluna desse projeto são as muitas falas e sua comunicação á partir dela. Cabe um elogio profundo a quem realmente mudou alguma coisa de fato, para além das políticas tradicionais. Tenho certeza que a história da política cultural será justa com todos que conduziram a comunicação durante esses processos.
Vamos a descobrir nossas Índias, nossas Rússias e nossa Chinas e vamos meter a mão na massa: que fique o projeto, se for possível com Juca à frente e com sua estratégia de consultas públicas contemporâneas. Eu acho ótimo que os analistas internacionais apontem o governo Dilma como um governo de tecnocratas e de nerds e acho fará bem para o MinC ter a cara desse novo governo. Mas que, tem só uma coisa para não esquecer: o governo tem que estar do lado do povo.Vamos descobrir nossas Américas Latinas e nossas Áfricas. E que o rabo balance o cachorro. Patuá e evoé!
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O que impressiona é o descaramento do Juca em se agarrar ao cargo, e ainda mais com essa lenga-lenga de "continuidade do projeto", como se:
1. esse tal "projeto" de fato existisse na consistência e uniformidade que se supõe;
2. Juca tivesse sido, de fato, continuidade fidedigna ao tal projeto;
3. só ele fosse capaz de dar esta continuidade ("O" escolhido);
4. o "projeto" não fosse uma invenção e reinvenção diária e necessária...
Em suma: larga o osso Juca, deixa de colocar o seu umbigo e sua vaidade incomensurável à frente dos interesses da cultura e do país!
O que impressiona é o descaramento do Juca em se agarrar ao cargo, e ainda mais com essa lenga-lenga de "continuidade do projeto", como se:
1. esse tal "projeto" de fato existisse na consistência e uniformidade que se supõe;
2. Juca tivesse sido, de fato, continuidade fidedigna ao tal projeto;
3. só ele fosse capaz de dar esta continuidade ("O" escolhido);
4. o "projeto" não fosse uma invenção e reinvenção diária e necessária...
Em suma: larga o osso Juca, deixa de colocar o seu umbigo e sua vaidade incomensurável à frente dos interesses da cultura e do país!
Esse artigo foi enviado sem revisão mesmo? Está cheio de erros de pontuação e grafia.
Tiago, o Fabio mandou pra mim o artigo e disse que escreveu na correria e pediu para eu cuidar dos erros de digitação. Falha minha. Agora dei uma revisada final e acho que está ok! Obrigado. Abs, L
De nada adiantou abaixo-assinados, movimentações de bastidores, esperneios, discursos, solenidades, distribuição de medalhas e honrarias, lero-leros e afins. Ana de Holanda acaba de ser anunciada Ministra da Cultura, com o detalhe que quando foi Diretora de Música da Funarte ela foi solidária a Antonio Grassi, quando este bateu de frente com Juca e foi demitido do cargo de Presidente daquela Fundação.
O Fica Juca foi pro brejo. Já temos Ministro, ou melhor Ministra, Ana de Hollanda, ex secretária de Cultura de Osasco, onde fez um trabalho reconhecido. Está feita a escolha, tchau juquinha!