Ninguém em sã consciência discorda de que, antes de qualquer coisa, política cultural deve ser sustentável. Mas na prática, pouca coisa feita até hoje no âmbito estatal cumpre esse fundamento, com a provável exceção do promissor Cultura Viva. Afinal, é no mínimo um desafio à sanidade, pensar em sustentabilidade dentro do sistema político maior vigente, o capitalismo, cuja estrutura origina-se no desequilibro.
O consultor André Martinez trouxe essa desconfortável e consistente perspectiva ao Laboratório. Ao longo de dois encontros, Martinez problematizou o desafio e gentilmente nos apresentou sua abordagem para lidar com este cenário, fruto de anos de pesquisa e trabalho com o ambiente cultural.
No final, mais uma vez, uma pimentinha tomou o centro das atenções – vide a questão da formação de público. Trata-se da política de fomento à identidade e diversidade proposta por sua respectiva secretaria no Ministério da Cultura.
São questões merecedoras de debate público: Como lidar com a diversidade a partir da lógica da identidade, paradoxalmente excludente? Políticas afirmativas são capazes de transcender o aspecto simbólico e, de fato, gerar oportunidades de transformação às minorias?
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Não!
Isso é enxugar gelo, o que dará dinâmica e fluidez a um possível e sustentável mercado cultural é a reengenharia de um bem planejado sistema de distribuição dos bens culturais. O problema é que estaremos sempre caindo no mesmo campo de confrontos nos ideários dos nossos interventores.
Se conseguirmos juntar numa mesma panela, liberdade real de expressão
(ISSO INCLUI TODA E QUALQUER FORMA DE EXPRESSÃO) e técnicas de expansão de mercado, teremos um sonhado conceito democrático de cultura. O problema é a oposição às coisas da sociedade. Todas as vezes que vamos tentar abrir a roda, o grito reacionário do monstro da lagoa. Essa patrulha quer ficar lá com seus benefícios, não quer dividir espaço com ninguém, pois, por conta dos seus blefes, já tem um quinhão garantido pelo Estado e por um Minc que não bate de frente. Com isso, a coisa patina no eterno maná da "chutonometria cultural", e a bola cai sempre na pequena área nos pés dos de sempre.