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Livrarias históricas fecham as portas na Espanha

O setor livreiro vive um momento peculiar na Espanha. A crise que toma conta do continente europeu – cujo país ibérico é um dos mais prejudicados – está levando muitas das livrarias históricas do país a fecharem suas portas. A informação é do jornal O Globo.

O saldo final para o segmento é teoricamente positivo, como explica o presidente da Associação de Livreiros catalães, Antoni Daura, dono da livraria Parcir de Manresa. Das cerca de 3,5 mil livrarias espanholas, a crise acabou com menos de 2%, segundo dados da Confederação Espanhola de Livreiros. Porém, entre as que fecham estão as livrarias históricas.

No início deste mês, a Catalònia, uma das mais tradicionais casas de livros de Barcelona, encerrou suas atividades, gerando uma comoção popular que pressionou o governo regional a estudar a criação de linhas de financiamento especiais para livreiros. O fechamento da livraria é ainda mais representativo neste momento, quando o governo catalão se prepara para promover um referendo de autodeterminação sobre a independência da região. No edifício onde funcionava a Catalònia será inaugurado uma lanchonete da rede Mc Donald’s. 

“O aumento da concorrência, com a chegada das grandes cadeias de lojas que também vendem livros, foi um impacto. Depois, com a internet, a procura por livros técnicos passou a ser mínima. Há sites e blogs para tudo, desde culinária até mapas, passando por viagens. No entanto, a queda no consumo desde 2009, que na nossa livraria foi de 40%, foi o que nos asfixiou. Sobrevivemos à Guerra Civil, mas não a esta crise econômica”, afirmou Miquel Colomer, diretor da Catalònia, que, entre 1940 e 1976, por exigência do regime franquista, teve que mudar seu nome para La Casa del Libro.

As linhas de crédito que o governo catalão cogita seriam um passo, mas o problema é mais grave. Em alguns casos, as administrações públicas, com orçamento encolhido e arrastando pesadas dívidas, acabam atrasando certos pagamentos, como os feitos às livrarias, por compras públicas para escolas e bibliotecas. É um lastro a mais para o comércio livreiro nestes tempos de crise e de queda no consumo — a compra de livros caiu, em média, 25%.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria.

*Com informações do jornal O Globo

Redação

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