Segundo a secretária Cláudia Costin, a Caixa Econômica Federal, que havia solicitado que as lotéricas parassem de vender raspadinha, admitiu que não há ilegalidadePor Sílvio Crespo
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29/10/2003

A Loteria da Cultura implantada há menos de um mês pelo Governo do Estado de São Paulo não teve sua venda suspensa em todas as casas lotéricas, e deve continuar no mercado enquanto a secretária de Cultura, Cláudia Costin, e a Caixa Econômica Federal (CEF) se entendem. A CEF havia enviado comunicado às lotéricas solicitando a suspensão da venda, argumentando que não havia assinado convênio com a Nossa Caixa, empresa estatal paulista que opera a Loteria.

Ontem (terça, 28), o superintendente nacional de loterias e jogos da CEF, Paulo Campos, reuniu-se em São Paulo com Costin para tratar do assunto. ?Foi uma conversa boa, com espírito desarmado?, disse a secretária. ?A Caixa Econômica admitiu que a Loteria da Cultura não é ilegal, que existe uma lei estadual que a estabelece; além disso, não existe nenhuma Adin (ação direta de inconstitucionalidade)?.

A secretária descarta a hipótese de que haveria interesses políticos na decisão da CEF. ?A questão é de interesse da instituição, que tem um produto assemelhado e uma relação com as lotéricas muito forte?, diz Costin. Na semana que vem, a secretária se reunirá em Brasília com um representante da CEF e da Nossa Caixa. Enquanto isso, as raspadinhas continuam sendo vendidas nos museus e teatros do Estado e em algumas casas lotéricas. A Secretaria de Cultura espera que a Loteria gere uma arrecadação líquida de R$ 10 milhões por ano, que será destinada ao financiamento de projetos nas áreas de teatro e cinema.

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