Antigo sistema de financiamento destinou no máximo R$ 4 milhões à cultura; na campanha publicitária do novo jogo lotérico, atores, produtores e diretores não cobraram cachêPor Sílvio Crespo
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15/10/2003

A Loteria da Cultura do Estado de São Paulo poderá render ao governo mais que o dobro do que rendia a lei de incentivo à cultura, que funcionou de 1995 a 1998. A raspadinha, já à venda nas lotéricas por R$ 1, foi lançada na última segunda-feira, 13, no Museu da Imagem e do Som, na capital paulista, com a presença do governador Geraldo Alckmin e da secretária da Cultura, Cláudia Costin. O ano em que a lei de incentivo teve maior verba foi 1997: R$ 4 milhões. Com a raspadinha, a Secretaria da Cultura pode arrecadar até R$ 10,2 milhões por ano.

Serão vendidos às lotéricas 4 milhões de bilhetes por mês, por R$ 0,85. Em um ano, a receita bruta pode chagar a 40,8 milhões, dos quais 25% serão destinados a projetos culturais. A escolha dos projetos será feita pela Comissão Especial de Programação Cultural, criada especialmente para este fim, composta por seis representantes da sociedade civil e outros seis técnicos da Secretaria da Cultura.

?A loteria veio para agregar ao nosso orçamento uma quantia em dinheiro que nos permitirá realizar investimentos em novos projetos das artes em geral. Todos nós só temos a ganhar?, diz a secretária Cláudia Costin. Os bilhetes podem ser encontrados nas casas lotéricas do Estado de São Paulo e na própria Secretaria de Cultura.

Celebridades
A festa de lançamento da Loteria Cultural não chegou a ser ?abafada? pela solenidade do anúncio do Programa Brasileiro de Cinema e Audiovisual, que ocorreu em Brasília no mesmo dia. Ambos os eventos contaram com várias de celebridades. Em Brasília, marcaram presença a atriz Maria Fernanda Cândido e o cineasta ?marginal? Rogério Sganzerla, entre outros. Na festa de Alckmin, Regina Duarte, Beatriz Segall, Norton Nascimento, Umberto Magnani, Eduardo Mancini e Danton Mello. Eles não cobraram cachê para estrelar o filme de divulgação do novo jogo lotérico, que começa a ser veiculado pela TV a partir de amanhã (dia 16).

O filme publicitário foi realizado por um mutirão que inclui grandes nomes da chamada ?retomada? do cinema nacional. Quem produziu foi a Gullane Filmes, co-produtora de ?Carandiru?. A direção foi de Cao Hamburger e Laís Bodansky. A Kodak ofereceu os negativos para as filmagens e cópias. A campanha terá ainda spots no rádio gravados por Beatriz Segall, Nicete Bruno e Paulo Goulart.

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