O mercado de entretenimento e o público de shows e festivais de música nos Estados Unidos se deparam com um inimigo em comum: o “bot”, nome dado a “programas robôs” que executam tarefas automaticamente. Tradicionalmente usados por empresas de tecnologia para vasculhar a internet, os bots são adotados por cambistas digitais que criam esses programas para comprar ingressos em lojas online, o que faz desaparecer instantaneamente todas as entradas para os shows mais concorridos praticamente toda semana.
De acordo com a Ticketmaster, bots foram usados para comprar mais de 60% dos ingressos mais procurados para alguns espetáculos. Numa ação judicial recente, a empresa que negocia a venda de todo tipo de evento acusou um grupo de cambistas de usarem esses programas robôs para adquirir até 200 mil ingressos por dia.
A Ticketmaster e a sua matriz, Live National Entertainment, intensificaram os esforços para combater os programas robôs, não só para aprimorar o sistema de venda de ingressos, mas também para melhorar sua reputação com os clientes. O resultado tem sido um jogo de gato e rato entre a empresa e os bots.
Os programas robôs (bots) em geral são baratos e criados por programadores de software em países que estão fora do alcance da polícia americana. Rob Rachwald, da empresa de segurança FireEye, deu o exemplo de um desses sites – disponível em inglês e russo – que cobra apenas US$ 13,90 (cerca de R$ 28,50) para fornecer 10 mil senhas de “captchas” – aquelas sequências de letras e números quase inelegíveis usadas para testar se um cliente que acessa o site é humano.
Em janeiro, a Ticketmaster trocou a maior parte dos seus códigos captcha por versões novas e mais sofisticadas. A empresa também começou a adotar um sistema para smartphones e tablets que pode eliminar o uso dos testes com código captacha completamente.
Enquanto isso, produtores de shows, gerentes de artistas e empresas que vendem ingressos dizem que os “bots” são uma presença forte, não só durante períodos de grande procura por ingressos, quando as entradas de um grande show começam a ser vendidas, mas também quando um produtor coloca poucas dezenas de ingressos extras à venda sem qualquer anúncio.
O uso dos programas é ilegal em muitos Estados, mas as leis não surtiram efeito. No mês passado, a Ticketmaster processou 21 pessoas, acusando-as de fraude, violação de direitos autorais e outros crimes, por usarem bots para buscar milhões de ingressos nos últimos dois anos.
*Com informações do jornal The New York Times, reproduzidas pelo caderno Link do jornal O Estado de S. Paulo
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