O Ministério da Cultura divulgou nota de esclarecimento a respeito de matéria do jornal Folha de S. Paulo publicada na última quinta-feira (1/12), que informava que o anteprojeto da Lei dos Direitos Autorais enviado pela ministra Ana de Hollanda à Casa Civil reduze a fiscalização sobre sociedades arrecadadoras, como o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).
Segundo o MinC, a matéria é equivocada.
Leia a nota na íntegra:
“O Ministério da Cultura esclarece, a seguir, equívocos da matéria , publicada pela Folha de S.Paulo, de 01/12. Primeiramente, é essencial esclarecer que o MinC desconhece o material analisado pela jornalista e, portanto, se ele corresponde ao anteprojeto de fato enviado à Casa Civil pelo MinC, com o conhecimento dos demais ministérios que compõem o Grupo Interministerial da Propriedade Intelectual (GIPI).
1º) O Anteprojeto de Lei (APL) que atualiza a Lei de Direitos Autorais, encaminhado em dezembro de 2010, foi remetido de volta no início deste ano à consideração deste ministério, por iniciativa da Casa Civil da Presidência da República. A partir de 25 de abril de 2011, o MinC disponibilizou o APL para conhecimento público e, em seguida, o manteve aberto para novas contribuições. O processo, assim, contou com intensa participação da sociedade, especialmente de autores, especialistas e instituições ligadas ao tema e, na sua finalização, com a colaboração do GIPI.
2º) O MinC concentrou-se em sete temas específicos. Durante a discussão técnica no âmbito governamental, os principais pontos abordados foram: a) formas, critérios e mecanismos a serem implantados para a supervisão, por parte do MinC, das associações de gestão de direitos autorais; b) unificação do sistema de registro de obras; e c) previsão de um mecanismo extrajudicial para o controle da utilização não autorizada de obras protegidas no meio digital. Assim, não é certo que o ministério enviou, “depois de dez meses de análise, um anteprojeto da Lei dos Direitos Autorais quase igual ao do antecessor Juca Ferreira”, como diz a matéria.
3º) Sobre a cobrança proporcional (atualmente paga-se pela execução do catálogo inteiro de uma associação musical), o MinC informa que o texto do APL é claro no art. 98, § 3º, ao reafirmar a proporcionalidade: “A cobrança deverá ser proporcional à utilização das obras e fonogramas dos titulares dos quais a associação é mandatária”, ressalvando entretanto que isso se dará “quando técnica e economicamente viável.”
4º) A Folha critica a impossibilidade (no que o jornal supõe ser a versão atual do anteprojeto) de o MinC cancelar o registro das entidades arrecadadoras. Acrescenta, ainda como crítica, que na suposta versão “só o Judiciário pode punir, mas isso já ocorre hoje”. O jornal ignora que a Constituição Federal, em seu art. 5°, inciso XIX, veda expressamente qualquer interferência estatal no funcionamento das associações e afasta qualquer possibilidade de dissolução compulsória ou suspensão das atividades dessas instituições, que não seja via decisão judicial.
5º) O cancelamento pelo MinC do registro das associações de gestão coletiva de direitos autorais impediria a atividade de cobrança. Comprometeria a continuidade dessa atividade essencial de associação voltada para a gestão coletiva. E, vale repetir, afrontaria a Constituição.
6º) Outros indícios, finalmente, que suspendem a mínima certeza de que a versão do anteprojeto em poder da Folha seja a que foi de fato enviada à Casa Civil incluem as críticas do jornal a pontos como o ajuizamento do foro em ações de direitos autorais e a redução da multa a dirigentes de associações de gestão de direitos autorais.”
*Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MinC
Fonte: Ministério da Cultura* O Ministério da Cultura atingiu 100% de transparência ativa de acordo…
Até o dia 10 de fevereiro, a sociedade terá a oportunidade de participar da escolha…
O Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) estará aberto a partir…
O Instituto Cultural Sicoob UniCentro Br está com inscrições abertas em seu edital de seleção…
Estão abertas, até 04 de fevereiro, as inscrições para o Edital Elisabete Anderle de Estímulo…
Estão abertas, até 10 de fevereiro, as inscrições para o Edital Prêmio Cidade da Música,…
View Comments
Nossa, quanto amadorismo...Pelo visto,o MINC anda muito mal assessorado. Nota mal escrita, longa e intempestiva. Parece que foi redigida por alguém com o ego ferido. Ora, não se trata de um governo de continuidade? (ou, que pelo menos nos quer fazer crer nisso?) Então porque se sentem tão ofendidos pelo fato de projeto preservar 85% do havia sido proposto na gestão anterior?
Enfim, não esclarece nada, não responde a nada, gasta palavras inutilmente.
no mais, só Freud explica...
Vergonha!!! é claro que o projeto de lei beneficia os amigos da ministra e do ECAD...