Avenida mais famosa da cidade de São Paulo, a Paulista é conhecida por ser o centro financeiro da capital, e também por ser um tradicional reduto de artistas de rua. Esse cenário, porém, vem mudando. Enquanto os prédios de empresas e bancos permanecem na paisagem, a classe artística vem minguando no local com a chegada da Operação Delegada, iniciada em dezembro do ano passado pela Polícia Militar, após a assinatura de um convênio com a prefeitura paulistana e o governo do Estado.
A prefeitura alega que, ao cobrarem por suas performances, os artistas exercem atividade comercial e, portanto, precisam de autorização específica para trabalhar. “Não tem autorização, não fica”, disse um policial ouvido pela reportagem.
Gomes afirma que a atividade não é comercial. “É uma atividade que gera remuneração livre das pessoas que decidem se vão doar ou não”, argumenta. “É uma mera doação, e doação para serviço não é atividade comercial.”
Para reforçar a Operação Delegada, a polícia conta com a ajuda de policiais de folga. Se o PM interessado for praça, recebe R$ 12,33 por hora trabalhada na operação; se for oficial, a remuneração extra é de R$ 16,45 por hora. Antes, apenas guardas civis metropolitanos podiam realizar esse tipo de fiscalização.
Durante a gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM), diversas restrições e proibições começaram a vigorar nas ruas da capital paulista. Entre elas a proposta de retirada de bancas de jornal no centro e os gritos em feiras livres. No trânsito, foi proibida a circulação de caminhões na marginal Tietê e o tráfego de motos na avenida 23 de Maio.
No que diz respeito à proibição de artistas de rua, a medida não é nova. Em julho de 2006, a Prefeitura de Florianópolis (SC) proibiu malabaristas de trabalharam nos semáforos da cidade, sob o argumento de que eles “perturbam a ordem pública” e “causam transtorno”. “Sinaleira não é lugar de entretenimento, e sim de atenção”, afirmou à época José Carlos Ferreira Rauen, secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.
*Com informações da Uol Notícias.
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É assim que querem administrar as cidades? Em Porto Alegre, uma poeta foi detida pela polícia na Feira do Livro, e enquanto isso os bandidos continuam bem a vontade nas ruas.
Entendo que, além de ser permitido, o trabalho dos artistas de rua deveria ser remunerado pela Prefeitura de São Paulo. É preciso pensar numa forma de contemplar esses artistas que, de forma anônima, levam cultura aos diversos pontos da cidade de São Paulo. É certo que removê-los, ainda mais com ação policial, vai na contra-mão da Cultura de Paz...
Gente, muitos ainda não perceberam mas estes atos de retalhação vem ocorrendo sucessivamente em várias cidades de nosso país, não só nas metrópoles, eu sou artista de rua itinerante e sinto na pele, a verdade é q nenhum governo quer pessoas que de alguma maneira demonstram para o povo que não precisamos ser escravos deste salário de fome q se chama salário mínimo, que sequer garante a condição mínima que é prevista em nossa CONSTITUIÇÃO, ou seja o problema nunca será com o cara que rouba, ou trafica, nem mesmo com os políticos que DESVIAM o nosso dinheiro, digo NOSSO, pq cada vez q consumo PAGO IMPOSTOS, cada vez que me locomovo também, então o que resta é marginalizar quem da margem de dúvida a todo esta falsa realidade que querem mostrar, pois NÓS ARTISTAS DE RUA PROMOVEMOS A PERGUNTA, A DÚVIDA E A INCERTEZA DESDE SEMPRE.
Se este ato de retalhação não é uma premissa do que está por vir é porque já veio, É BOM ABRIRMOS BEM NOSSOS OLHOS E OUVIDOS LEMBRANDO DE NÃO CALAR NOSSA VOZ.
RESISTÊNCIA E LUTA ATRAVÉS DAS PALAVRAS E PROPAGAÇÃO DO CONHECIMENTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!