O Prêmio Shell de Teatro anunciou na última semana os vencedores das categorias cariocas da premiação – que também acontece em São Paulo. Nomes da nova geração se destacaram, levando as quatro principais categorias da disputa: Charles Fricks, melhor ator por “O filho eterno”; Dani Barros, melhor atriz por “Estamira”; Christiane Jatahy, melhor direção por “Julia”; e Felipe Rocha, melhor autor por “Ninguém falou que seria fácil”.
Dos oito espetáculos indicados ao prêmio de melhor autor (quatro no Rio e quatro em São Paulo), sete têm autores com menos de 40 anos. A proporção é um indício de que o dramaturgo, figura que andava deixada de lado no teatro brasileiro, ensaia seu retorno, de acordo com reportagem do jornal Valor Ecônomico.
Nas últimas duas décadas, o chamado teatro de grupo, que privilegia a escrita coletiva sobre o processo individual, ganhou ênfase e se tornou mais comum. A não ser quando montavam clássicos, os grupos preferiam criar seus espetáculos a partir de questões surgidas em processos colaborativos, isto é, nos ensaios, com a interação entre atores e encenadores.
Os autores individuais se tornaram exceção, embora nunca tenham deixado de existir: Mario Bortolotto, Newton Moreno, Samir Yasbek e outros estavam em plena atividade. Mas os ícones da época foram, entre outros, Teatro da Vertigem e Companhia do Latão (São Paulo), Companhia dos Atores (Rio) e grupo Galpão (Belo Horizonte).
O ressurgimento do dramaturgo como autor se manifesta em espetáculos recentes, com textos de Newton Moreno, Daniela Pereira de Carvalho e Juliana Pamplona. No Rio, surgiu a expressão “nova dramaturgia carioca”, para designar a onda de novos autores cujos textos começam a chegar aos palcos, ainda que a maior parte dos escritores negue a ideia de movimento coordenado.
A editora 7Letras começa a lançar uma coletânea de livros de oito jovens dramaturgos, organizada pelo autor e diretor Roberto Alvim, coordenador do Núcleo de Dramaturgia do Sesi em Curitiba. O dramaturgo carioca acompanhou de perto o renascimento do interesse pela autoria no teatro; em 2001, inaugurou a oficina Nova Dramaturgia Brasileira, no teatro Carlos Gomes, no centro do Rio.
Alvim temia que não viessem interessados. “Mas recebemos 287 textos do Brasil inteiro. Foi surpreendente porque mostrou que existia uma produção subterrânea, pronta para vir ao mundo na sequência da geração de grandes encenadores”, diz.
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*Com informações do Valor Online
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