Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Heitor Martins, presidente da Fundação Bienal, declarou-se tranquilo com o andamento da montagem da próxima edição da Bienal Internacional de São Paulo.
No início do ano, a Bienal entrou na lista de inadimplentes do governo federal, por irregularidades na prestação de contas relativas ao uso de dinheiro público em mostras realizadas entre 1999 e 2006. O evento estava ameaçado desde janeiro pelo bloqueio de recursos captados junto ao Ministério da Cultura via Lei Rouanet. Mas em março, o Tribunal Regional Federal de São Paulo concedeu liminar para que a fundação tivesse as contas desbloqueadas.
Na entrevista, ele explicou que, entre o fim dos anos 1990 e meados da década passada, a Bienal recebeu um conjunto grande de convênios. Na época, segundo ele, a fundação fez a prestação de contas desses convênios. “Mas o processo de análise dessas prestações no Ministério da Cultura é muito lento. Na semana passada, nós recebemos um pedido de informações sobre uma prestação de contas de 1997. Ou seja, 15 anos depois, eles, pela primeira vez, foram analisar aquela prestação e pediram esclarecimentos”, disse.
Depois veio um conjunto de pedidos de informações adicionais. “Isso levou o ministério a mandar essas contas para um processo especial de avaliação. Ao fazer isso, colocaram a instituição no cadastro de inadimplente, em janeiro desse ano.”
Martins também contou que, quando sua diretoria assumiu, havia uma crise institucional muito profunda. “A fundação tinha dívidas, falava-se até sobre o fim da fundação”, contou. Segundo ele, o objetivo agora é que esse processo relativo a contas do passado não interrompa o presente da fundação.
Ele disse que a próxima Bienal está dentro do cronograma do ponto de vista da montagem. “O bloqueio das contas diz respeito apenas aos recursos federais, e a Bienal pode usar seus próprios recursos para manter os trabalhos em andamento. O que houve foi um prejuízo enorme na nossa capacidade de captação de recursos nos últimos quatro meses. Como pediríamos dinheiro para empresas, se estávamos discutindo no jornal a nossa inadimplência todos os dias?”
Martins falou ainda sobre expansão da Bienal, arte brasileira no exterior, sistema de segurança e Bienal de Arquitetura. Clique aqui para ler a entrevista completa.
*Com informações do jornal Valor Econômico
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