Inaugurada em janeiro deste ano, a Casa da Economia Criativa, em Belo Horizonte (MG), integra o Circuito Cultural da Praça da Liberdade e surgiu com o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento dos empreendedores da área, além de alavancar o setor no estado. O espaço, também conhecido como Casa Amarela, é uma iniciativa do Sebrae Minas em parceria com o Governo do Estado.
Este ano, o Sebrae Minas tem cinco projetos para estimular o desenvolvimento setorial das atividades que compõem segmentos da economia criativa, com um investimento inicial de R$ 1,652 milhão. A instituição dará continuidade ao projeto de audiovisual realizado em Cataguases, na Zona da Mata e região, e também ao Horizonte Criativo, desenvolvido na Região Metropolitana de Belo Horizonte desde 2010, voltado a empreendedores da música.
Em entrevista ao Cultura e Mercado, Regina Vieira, coordenadora da Casa, fala sobre as demandas e o cenário locais.
Cultura e Mercado – Quais são as principais demandas dos profissionais da economia criativa em Minas Gerais?
Regina Vieira – Na visão do Sebrae, que atua no fomento ao empreendedorismo e na promoção da competitividade e da sustentabilidade das micro e pequenas empresas, a demanda apresentada pelos profissionais diz respeito à melhoria na gestão dos empreendimentos e projetos, compreensão e acesso à mercados, melhoria da base de governança e associativismo.
CeM – Vocês percebem que essas demandas estão na mesma linha dos outros estados brasileiros, ou são específicas/locais?
RV – Acredito que sim. Pelo monitoramento que fazemos anualmente com os gestores de Sistema Sebrae de outros estados as demandas para o Sebrae são bem parecidas. O que difere é o foco que cada estado dá aos segmentos da economia criativa.
CeM – A Casa da Economia Criativa faz parte do Circuito Cultural Liberdade, importante complexo cultural do país. Como vocês vêem o desenvolvimento dessa área no estado de Minas?
RV – O Circuito Cultural é o maior complexo de cultura do país e está se consolidando nos últimos anos. Belo Horizonte, capital do estado, se apresenta a partir de sua capacidade instalada (equipamentos culturais, participação em grandes eventos, consumo por serviços e produtos criativos crescente) como um importante polo de economia criativa. Para termos uma dimensão, somente o hipercentro da cidade dispõe de 42 equipamentos culturais de grande porte, entre públicos e privados. Percebemos também maior maturidade das empresas que fazer parte da economia criativa, melhor compreensão dos agentes públicos e privados sobre o potencial desta economia. Enfim, estamos avançando.
CeM – Quando e como surgiu a ideia de criar a Casa da Economia Criativa?
RV – A ideia surgiu final de 2012, a partir da necessidade de termos um espaço que pudesse gerar mais empatia com os empreendedores da economia criativa, ou seja, pudéssemos dar um atendimento com uma linguagem mais adequada à realidade destes empreendimentos, e também pela necessidade de disseminar a importância dos setores que compõem esta economia para o desenvolvimento dos territórios.
CeM – Quais são as principais atividades do espaço?
RV – A Casa da Economia Criativa realiza cursos e consultorias para os empreendedores e se posiciona como um local de discussão para as entidades representativas dos setores criativos. Trabalhamos em três eixos estratégicos: formação, com a realização de cursos e consultorias visando a melhoria da gestão e da sustentabilidade; informação, com a produção de conteúdos e disseminação de assuntos de interesse para os empreendedores; e cooperação, com a promoção de um ambiente favorável à consolidação de redes colaborativas.
CeM – Quais são os projetos futuros já previstos?
RV – Iremos ampliar nosso atendimento para outros setores da economia criativa e criar uma plataforma para convergência de todas as ações e conteúdos da Casa.
A Casa da Economia Criativa fica na Rua Santa Rita Durão, 1.275 – Funcionários.
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