Lançada no último dia 30 de agosto, a publicação “Panorama Setorial da Cultura Brasileira” traz uma ampla pesquisa de mercado, que ouviu e qualificou os dados de quem produz e quem investe em cultura no país. O livro é uma realização do Ministério da Cultura e da Vale, por meio da Lei Rouanet, com apoio da ESPM.
O objetivo principal foi disponibilizar informações de qualidade, pioneiras e inovadoras para o setor cultural, além de facilitar o planejamento de atividades dos atores dessa cadeia produtiva, ou seja, os agentes (artistas, produtores e fornecedores), viabilizadores (iniciativa privada e governo), difusores (pontos de distribuição de produtos culturais e divulgadores) e o público consumidor.
A pesquisa aponta dados que revelam bastante instabilidade no setor. Por exemplo, na questão sobre remuneração, 72% dos produtores entrevistados afirmam que sua remuneração é variável, apenas por trabalho realizado. Só 14% são produtores contratados. 63% deles dependem de remuneração advinda de outras atividades, revelando como é difícil para o produtor manter-se focado exclusivamente nessa atividade.
Quando perguntados “quais são as dificuldades encontradas no seu trabalho?”, 50% respondem que é o profissionalismo das equipes envolvidas num projeto cultural, e 42% que a segunda maior dificuldade é ser bem relacionado para conseguir aprovar o projeto com os investidores.
A pesquisa também revela diversos aspectos sobre como pensam os investidores da iniciativa privada e governamental. Embora todos os grupos apresentem considerações sobre a importância da cultura no desenvolvimento social, orientações distintas são percebidas em cada um deles. Para a iniciativa privada, percebe-se que o investimento é prioritariamente um meio de comunicação e de associação positiva para a marca do patrocinador. Para o poder público, observa-se que a formação de cidadãos e o desenvolvimento socioeconômico estão em primeiro plano.
Para a iniciativa privada, o projeto deve apresentar consistência e compromisso com o resultado, além de ter continuidade e conciliar interesses públicos e privados. Já para o poder público, deve ter planejamento, ser sustentável, desenvolver e despertar o público para a arte, para a consciência cultural, não servir apenas para distrair, além de garantir acessibilidade e diversidade.
A pesquisa foi construída com base em três métodos combinados. A desk-reserch, que contempla pesquisas anteriores sobre cultura no país, além de referências estrangeiras, com dados existentes entre 2007 e 2012. A pesquisa qualitativa foi feita com os investidores de cultura públicos e privados. E a pesquisa quantitativa, com produtores culturais de todo país.
O livro abre com o histórico da cultura no Brasil, desde quando sua estruturação começou mais efetivamente, na década de 1930, até os dias atuais. Em seguida, um mapa conceitual apresenta as perspectivas que nortearam a pesquisa, suas intenções e caminhos de compreensão para melhor aproveitamento na análise dos dados. Todo o material é recortado por experiências e iniciativas culturais, narradas jornalisticamente.
A publicação está disponível para download no site www.panoramadacultura.com.br.
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