Já falamos aqui no site sobre o esforço das companhias e grupos de teatro para angariar verbas para seus espetáculos. Como, no mercado cultural, o melhor dos cenários é que os artistas disponham de uma pluralidade de mecanismos para financiar seus projetos, enquanto uns tentam arrecadar via crowdfunding, outros preferem batalhar por espaço neste mercado se estruturando como um empreendimento.
Os graduandos em teatro Murilo Cesca e Caroline Marzani convidaram o estudante de música Lucas Baumer para fazer a trilha sonora ao vivo de um exercício de expressão corporal que estavam produzindo. Desde então, o grupo foi se consolidando e se apresentando em mostras independentes de Curitiba. Mas foi em 2009, quando a Cia. Numseikitem foi contemplada com o Prêmio Interações Estéticas da Funarte, que o projeto vingou realmente.
A premiação deu ao grupo a possibilidade de promover uma residência artística de três meses em Juazeiro do Norte (CE). Lá, eles entraram em contato com mestres e artistas de manifestações populares da cultura tradicional do sertão do Cariri e, assim, nasceu o primeiro espetáculo da Numseikitem, o “Teatro Quase Mudo”.
Dali para a frente, com o crescimento do projeto, cresceu também a necessidade de pensar a viabilidade das produções e a circulação do trabalho do teatro de grupo sem necessariamente contar com a verba pública. “Nossa maior dificuldade com o teatro de grupo ainda é o plano de negócios”, afirma Murilo Cesca, um dos fundadores da Numseikitem.
Na busca por reflexão, eles chegaram ao Empreendedores Criativos, reality colaborativo promovido pelo banco Santander, que reuniu diversas iniciativas inovadoras tendo como foco o desenvolvimento dessas empresas. Bom para os criadores da ideia e para a companhia teatral: um projeto artístico livre com estrutura de empreendimento.
De acordo com Cesca, depois do EC, a equipe da Numseikitem começou a cuidar melhor dos registros e arquivos da empresa e da maneira com que eles se relacionavam com o público em outras plataformas, como as redes sociais. “Aprendi que boas ideias precisam ser sustentáveis, não só financeiramente como emocionalmente também”, complementa.
Após a participação no reality, a Numseikitem se prepara para gravar seu primeiro álbum com canções autorais, o “Bodas de Arame e Fita Crepe”. A longo prazo, a companhia espera ter seu próprio espaço de criação, com oficinas, estudos e produções artísticas.
Segundo Cesca, um espaço capaz de gerar conteúdos e promover interações estéticas através da linguagem transmídia e da convergência cultural entre pessoas, artistas e linguagens. “Resumindo, um espaço de Numseikitem”, afirma.
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