Reunidos em Brasília, representantes de diversos países da América Latina discutem os caminhos para a produção de conteúdos digitais destinados às novas mídias que estão surgindo a partir do avanço tecnológico. Os debates fazem parte da programação do I Seminário Internacional sobre a Inclusão e Produção de Conteúdos Digitais.
Durante a abertura dos debates, que aconteceram nesta quarta-feira, dia 10, representantes do governo destacaram a importância dos conteúdos digitais interativos para que a identidade cultural dos países não se perca na maré dos avanços midiáticos que vem ocorrendo no mundo. Para a presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, além de colaborar com essa identidade cultural regional, a interatividade garantirá a existência concreta de um dos mecanismos preconizados na criação da TV pública: o controle social.
“A interatividade existente em um sistema como o Ginga é que permitirá o controle social. Permitirá ao cidadão ser um efetivo sócio desse sistema”, afirmou Tereza. O Ginga é o middleware aberto do Sistema Brasileiro de TV Digital, fruto de diversos trabalhos conjuntos de entidades e universidades do Brasil, e base para o desenvolvimento de conteúdos digitais interativos nacionais.
O avanço da TV digital no Brasil e o trabalho do governo para disseminar o ISDB com as atualizações feitas pelos cientistas brasileiros ao sistema – o chamado sistema “nipo-brasileiro” de TV digital – nos demais países da América Latina está fortemente associado ao debate sobre conteúdos.
O Chefe do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério de Relações Exteriores, ministro Adil Vianna, destacou o envolvimento do Itamaraty nessas negociações não só para a adoção do padrão nipo-brasileiro, mas também do Ginga e da importância de um intercâmbio na produção de conteúdos digitais. Destaque neste sentido também foi feito pela representante da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Elisa Peixoto, que defendeu ainda a necessidade de um debate paralelo sobre a diversidade idiomática da América Latina, já que os países não falam a mesma língua e isso afeta a produção dos conteúdos. “Maiores variedade de idiomas nesses conteúdos poderia suprimir barreiras para a inclusão”, avaliou Elisa.
O Secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto César Gadelha, ressaltou a importância de se avaliar todas as mídias disponíveis e não só a TV digital. “O mundo está passando por um processo de mudança. Com a digitalização é possível intercambiar conteúdos de um meio para o outro.” Para Gadelha, os países devem estar atentos sobre o desenvolvimento de conteúdos nesse novo contexto de forma a preservar as culturas e regionalidades culturais. Daí a necessidade de um envolvimento imediato dos países neste ramo.
O I Seminário Internacional sobre a Inclusão e Produção de Conteúdos Digitais está sendo realizado no Itamaraty em uma parceria entre os ministérios das Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia e Cultura.
* Com informações do Portal Tela Viva – Mariana Mazza
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