RioFilme lança cinco novos editais

A RioFilme anunciou nesta quarta-feira (1/10) a abertura de cinco novos editais voltados ao setor audiovisual carioca, no valor total de R$ 10,16 milhões. A estimativa é que as verbas sejam destinadas a 47 projetos.

Pela linha Investimento Automático Não Reembolsável em Digitalização de Cinemas Culturais (R$ 1 milhão), cinco salas de cinema com perfil cultural receberão R$ 200 mil cada uma para se tornarem 100% digitais, adquirindo novos projetores, sistemas de som e telas. As inscrições vão de 13 de outubro a 13 de novembro.

O Investimento Seletivo Não Reembolsável em Produção de Conteúdo para Web (R$ 1 milhão) destinará R$ 100 mil para 10 projetos de séries para web, em uma parceria com o YouTube. Haverá oficinas de capacitação para os 10 vencedores e mais 100 concorrentes. As inscrições serão abertas nesta quarta, às 18h, e seguem até 16 de outubro.

Pelo Investimento Seletivo Não Reembolsável em Produção e Finalização de Longas (R$ 4,5 milhões),
cerca de 15 projetos de filmes (ficção, animação e documentário) receberão até R$ 400 mil para produção ou R$ 200 mil para finalização cada um. As inscrições podem ser feitas até 26 de outubro.

Cerca de seis projetos de TV receberão cada um até R$ 500 mil pelo Investimento Automático Reembolsável em Conteúdo para TV (R$ 3 milhões), linha de fluxo contínuo. Para isso, a produtora deve cumprir algumas exigências, como comprovar investimento de ao menos R$ 500 mil de um canal de TV paga (com recursos não incentivados). As inscrições vão de 13 de outubro a 13 de novembro.

Já o Investimento Seletivo Não Reembolsável em Produção de Curtas (R$ 660 mil) destinará R$ 60 mil para produção de 11 projetos de curtas. As inscrições seguem até 26 de outubro.

Com exceção do edital de TV e do edital de digitalização de cinemas culturais, que são automáticos (fluxo contínuo), os demais são seletivos. Os projetos serão analisados por comissões, com uma grade de critérios pré-definida, e devem ser selecionados e pagos ainda em 2014.

Os regulamentos poderão ser consultados no site www.rio.rj.gov.br/riofilme.

Orçamento – Além dos editais, foi anunciada também a revitalização do Cine Glória, sala de 110 lugares localizada no Memorial Getúlio Vargas, na Glória, que passará a se chamar CineCarioca Glória e terá uma programação voltada para filmes brasileiros, clássicos do cinema e filmes de arte estrangeiros, além de mostras e festivais e de filmes voltados ao público infantil. O CineCarioca Glória ganhará projeção digital, som Dolby 7.1 e uma nova tela. Serão realizadas duas sessões durante a semana e quatro nos finais de semana e feriados.

A apresentação foi feita por Sérgio Sá Leitão, presidente da RioFilme e secretário municipal de Cultura do Rio. Ele disse que a demora no lançamento dos editais não reembolsáveis, anteriormente aguardado para agosto, foi por conta de contingenciamento orçamentário. “O Brasil, ao contrário do que diz a propaganda, está em recessão. Isso gerou um descompasso entre a expectativa de arrecadação e a arrecadação de fato. Então a prefeitura teve que contingenciar recursos em várias áreas, não só na RioFilme. Isso foi prejudicial para nosso planejamento”, afirmou.

Segundo Sá Leitão, os recursos foram liberados há apenas duas semanas, e a prefeitura aguardou o Festival do Rio para seu anúncio. Na última semana, o atraso provocou a criação de um movimento – Rio: mais cinema, menos cenário – de profissionais do setor audiovisual, que pede mais transparência nos gastos do município na área, maior diversidade nos projetos contemplados com verbas públicas, diálogo com o setor e investimentos mais robustos para a economia do audiovisual.

O secretário afirmou que o orçamento da RioFilme para 2014 é de R$ 42,36 milhões, com investimentos em 117 projetos. Desde 2009, o valor total foi de R$ 187,3 milhões, sendo 41,8% destinados a projetos escolhidos por critérios econômicos e 43,35% para projetos selecionados por seus valores cultural e social. “A fronteira entre as definições de critérios econômicos e culturais é muito tênue. Não temos um compromisso com um determinado tipo de filme. Nossa diretriz é dar conta a diversidade do Rio de Janeiro, balanceando as duas dimensões, cultural e econômica”, garantiu Sá Leitão.

*Com informações do site do jornal O Globo