Secretaria de Cultura de MG se reúne com agentes culturais do interior

Comitiva da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais se reuniu com agentes culturais do Estado durante uma semana

No intuito de promover a descentralização das políticas públicas no setor cultural, a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais realizou pela terceira vez a Viagem do Sistema de Cultura. Na bagagem, a experiência de uma troca produtiva com os agentes culturais do interior do Estado, iniciada ano passado no Jequitinhonha. De 14 a 18 de agosto, a comitiva percorreu a região  extrema oposta, a do sul do Estado.

Varginha, Alfenas, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Cristina foram as cidades escolhidas para sediar reuniões de trabalho onde foram apresentadas as ações da SEC e ouvidas as demandas dos municípios vizinhos.

A secretária de Estado de Cultura, Eleonora Santa Rosa, define a ação como “um momento em que o Estado vai ao encontro da realidade de cada região, inteirando-se de maneira efetiva sobre suas necessidades específicas, o que se torna um instrumento eficaz no emprego de ações públicas no setor cultural”.

Composto pelos representantes das superintendências e instituições vinculadas à SEC, o debate do Sistema de Cultura traz uma programação que ressalta os benefícios conquistados pelos municípios mineiros. O Fundo Estadual de Cultura é considerado uma das maiores conquistas da gestão atual. Em vigor a partir do dia 26 de agosto, com verba liberada para o mês de setembro, o FEC privilegiará a interiorização da aplicação  de recursos, o que atinge diretamente projetos inseridos em todo o Estado. Serão R$10,4 milhões, sendo R$5,4 milhões investidos em empréstimos reembolsáveis e R$5 milhões empregados a fundo perdido. 

Ações como: zerar o déficit de bibliotecas públicas municipais,  projetos de estímulo à produção artística, tombamentos realizados pelo IEPHA, além da inscrição de projetos na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, também  têm sido pauta recorrente nos diálogos com os municípios. Fundamentando a preocupação em orientar os produtores locais para que se organizem através de uma mobilização regional, o Sistema de Cultura procura exemplificar através de suas ações integradas.

“Setores mobilizados conseguem de maneira articulada viabilizar os seus projetos. Não necessariamente a demanda precisa chegar através de um canal oficial. Estas pessoas podem formar um conjunto, de modo a comunicar-se diretamente com a  SEC solicitando apoio neste sentido”, ressalta a Secretária. O Sistema de Cultura, nessa direção, tem se tornado um exemplo para os gestores culturais, pois cada vez mais evidencia práticas de ações interligadas entre suas diferentes unidades.

Outros pontos destacados abrangem a redação de projetos e a leitura atenta de editais, o que nas palavras do Presidente da Comissão de Avaliação dos Projetos para a Lei de Incentivo à Cultura, Romulo Avelar, “é um dos principais pontos de desclassificação dos projetos”.

O Sistema de Cultura é composto pelo assessores de gabinete da SEC, superintendentes de Museus (SUM), Biblioteca (SUB), Suplemento Literário, representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), Rádio Inconfidência e das Fundações: TV Minas Cultural e Educativa (Rede Minas), de Artes de Ouro Preto (FAOP) e Clóvis Salgado (FCS). As reuniões com os produtores e gestores culturais são feitas em espaços providenciados pelas prefeituras, tendo a duração de uma tarde inteira de trabalhos.