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Setor criativo britânico ganha novos incentivos

Enquanto os políticos britânicos lamentam a perda da vitalidade e influência de grande parte da sua indústria, as empresas do setor criativo da região trazem uma nova esperança de ressurgência econômica.

As companhias do gênero tiveram um crescimento duas vezes maior do que o resto da economia britânica na última década. Durante o período, os setores de moda, entretenimento, publicidade e tecnologia digital se fortificaram, chamando a atenção do chanceler do Tesouro Britânico, George Osborne.

Os empreendimentos criativos, no entanto, são menos populares com os investidores. Bancos e agências de venture capital (que investem em empresas no ínicio) tendem a considerar os setores mais arriscados – e menos motivados pelo lucro –  do que áreas mais comuns da economia. “A mentalidade de um empreendedor criativo e de seu investidor médio são polos opostos”, afirmou Andy Heath, da gravadora independente Beggars Group.

Uma pesquisa encomendada pelo governo britânico à Warwick Business School mostrou que empresas criativas são mais propensas a serem desencorajadas até mesmo em aplicações de financiamento.

Para mudar este cenário, os empreendedores estão ficando cada vez mais rápidos em rebater as suposições sobre seus riscos. Um think-tank organizado por Helen Burrows, consultora do ministro da cultura britânico, Ed Vaizey, revelou que o índice de “sobrevivência” no mercado para start-ups criativas é relativamente superior ao de outros jovens negócios.

O governo faz sua parte para apoiar o setor. No início de abril começou a operar o Plano de Investimento em Empresas Semente (SEIS, na sigla em inglês), que deve permitir que investidores aportem até 100 mil libras em pequenas companhias e recebam 50% do valor em isenção fiscal.

Apesar de estar aberta a quase todos os tipos de companhia, a iniciativa foi concebida para auxiliar aqueles empreendimentos que tenham dificuldade em levantar recursos porque os investidores os consideram de alto risco. Os setores de música e cinema estão empolgados com a nova política.

O governo espera que a área de tecnologia, incluindo o cluster de empresas da internet localizado na região conhecida como Old Street, em Londres, sejam os maiores beneficiados. Além do SEIS, um novo fundo de capital semente voltado a negócios criativos – o ASCEND – entrou em vigor na mesma data na Grã-Bretanha.

As novas políticas fazem sentido na medida em que investimentos que antes eram considerados seguros, como ações e títulos públicos, agora são arriscados devido à crise no continente. Alguns investidores confessam que existe um reconhecimento do público quando as empresas investem em setores como música. Mesmo que as novas medidas só representem um cutucão no mercado, talvez seja tudo que os empreendimentos criativos precisem.

Para ler a versão original, em inglês, clique aqui.

*Com informações da revista britânica The Economist

Redação

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