A edição deste domingo (27/5) do jornal O Globo trouxe matéria que aborda os desafios pelos quais têm passado os artistas e agentes culturais da Espanha, por causa da crise econômica que assola o continente. Segundo a reportagem, o orçamento da Cultura sofreu corte de 21% desde que o governo de Mariano Rajoy assumiu a presidência, ficando com 937,4 milhões de euros.
A entrada do conservador Partido Popular na Administração Central, em dezembro de 2011, significou também outro corte: a Cultura perdeu seu ministério e passou a dividir pasta com Educação e Esportes.
As medidas que causam impacto, porém não desanimam os profissionais da cultura, que vêm se mostrando extremamente pró-ativos e combativos. O grupo teve papel importante na última greve geral, no dia 29 de março, tanto convocando quanto aderindo à paralisação. Mais de 75% dos teatros fecharam em sinal de protesto, e a maioria das gravações de séries de TV e de curtas e longas-metragens foi suspensa.
O cinema é o maior afetado, com corte de 35% do seu orçamento, que despencou de 76 para 49 milhões de euros, num setor que em 2011 produziu 198 filmes. Desses, 75% eram longas integralmente espanhóis, e sua principal fonte de financiamento vem da televisão (3% do faturamento das TVs devem ir para o cinema), que, com a queda nos anúncios, também viu suas cifras minguarem.
Os museus também se ressentiram com os ajustes, que alcançaram 13% de seu orçamento. Há 25 anos no Museu de Belas Artes de Bilbao, 10 deles como diretor, Javier Viar sente-se um privilegiado diante de um panorama complicado para outros centros, que dependem de prefeituras e comunidades autônomas endividadas até o último fio de cabelo. O Belas Artes viu seu orçamento cair entre 7% e 10% este ano e sobrevive graças ao financiamento misto (público-privado), embora duas das nove empresas que integravam o patronato tenham ido embora.
“A capacidade criadora é importante sempre, mas torna-se mais aguda em tempos de crise, porque temos que ser engenhosos para equilibrar as contas” diz Viar. “Na Cultura, a palavra de ordem é salve-se quem puder. Os eventos culturais perderam muito de seu brilho, e os artistas estão sofrendo porque, simplesmente, não vendem”.
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*Com informações do jornal O Globo
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