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Setor de tecnologia visa expansão no Brasil

A aquisição do Instagram pelo Facebook criou uma nova lenda no setor de tecnologia e transformou em herói o brasileiro Mike Krieger, co-fundador do aplicativo fotográfico. O próximo desafio para os colegas locais de Krieger na tecnologia: conquistar o sucesso sem trocar o Brasil pelo Vale do Silício ou por uma universidade de elite nos Estados Unidos.

A tarefa está se tornando mais fácil. O florescente setor tecnológico brasileiro vem atraindo o interesse de fundos de capital para empreendimentos, que estão adquirindo participações em empresas brasileiras de Web em ritmo sem precedentes.

O principal atrativo para os investidores é o maior mercado de consumo da América Latina. O Brasil já gasta US$ 13 bilhões online a cada ano, e apenas 40% dos brasileiros usam a Internet – uma proporção equivalente à metade da norte-americana, mas que está crescendo rapidamente.

Os maiores nomes da Internet estão correndo para reforçar sua presença no Brasil, ainda que o investimento mais amplo no país tenha se estagnado nos últimos meses devido a uma desaceleração no crescimento.

O Facebook triplicou seu número de usuários brasileiros no ano passado e o país é agora seu terceiro maior mercado. A Netflix iniciou um serviço de vídeo em formato stream no mercado brasileiro e a Amazon.com deve ingressar no mercado neste ano, de acordo com fontes do setor.

Os investimentos do setor de capital para empreendimentos no Brasil quase triplicaram no ano passado, de acordo com estimativas informais. A entrada de capital novo provocou disparada na avaliação de companhias locais, a um ponto que levou certos observadores a alertar quanto ao perigo de uma bolha.

Ainda assim, alguns analistas alertam que os mesmos gargalos que prejudicam outros setores podem ameaçar o nascente boom da tecnologia brasileiro, que já enfrenta falta de trabalhadores capacitados, burocracia sufocante e a disparada no custo de vida.

O Brasil também não dispõe de um ecossistema empresarial forte e de serviços jurídicos baratos, e tampouco de promoção fácil ou jovens talentos, de acordo com Dave Goldberg, que comanda a SurveyMonkey, companhia de pesquisas online.

Mas outros dizem que o setor de capital para empreendimentos aprendeu sua lição com a bolha da Internet no final dos anos 90. Os investidores parecem mais preocupados com a escassez de programadores talentosos, engenheiros treinados e empresários experientes.

*Com informações da Reuters

Redação

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