Temporada da Sociedade de Cultura Artística

Orquestras e solistas consagrados mundialmente e talentos em plena ascensão na cena musical desembarcam em 2011 para a Temporada da Sociedade de Cultura Artística. Entre as dez atrações que se apresentarão entre os meses de maio e outubro, quatro são inéditas no Brasil: a venezuelana Orquestra Simón Bolívar, sob regência do celebrado maestro Gustavo Dudamel; a Filarmônica de Câmara de Bremen; a Filarmônica de Rotterdam; e a Orquestra de Câmara de Munique. Outro destaque é o retorno do pianista norte-americano Philip Glass.

A abertura da Temporada 2011 se dará no Teatro Municipal de São Paulo, como parte das comemorações de seu centenário e reabertura, nos dias 6 e 7 de maio. No palco – um dos mais tradicionais do país, por onde já passaram Arturo Toscanini, Maria Callas, Nijinsky, Vivian Leigh e Mikhail Baryshnikov, dentre tantos outros – estarão três nomes referenciais da música húngara: o violinista József Lendvay, o pianista Dejan Lazic e a Orquestra do Festival de Budapeste. A orquestra reconhecida em todo Velho Continente por sua interpretação da música contemporânea, estará sob regência de seu fundador, o maestro Iván Fischer.

O Emerson String Quartet, com mais de trinta anos de carreira, pontuados por aclamadas interpretações do repertório de Beethoven, Shostakovich e Bartók para a formação, será atração nos dias 21 e 22 de maio, na Sala São Paulo – local onde se dará todo restante da Temporada. Formado pelos violinistas Eugene Drucker e Philip Setzer, pelo violista Lawrence Dutton e pelo violoncelista David Finckel, traz em seu currículo a conquista de oito prêmios Grammy, três Grammophone e um Avery Fisher.

A competência com a qual contempla os repertórios clássico, barroco e contemporâneo fez da Orquestra de Câmara de Munique uma das mais admiradas da Alemanha. Criada em 1950 e atualmente dirigida por Alexander Liebreich, apresenta-se nos dias 9 e 11 de junho, contando com a participação da soprano alemã Christiane Oelze, prestigiada junto à crítica especializada por seus papéis em óperas e interpretações de lieder.

Fruto de um projeto educativo reconhecido internacionalmente, a Orquestra Simón Bolívar é a mais celebrada formação orquestral jovem da atualidade e tem por hábito percorrer a Europa, a Ásia e Américas interpretando obras venezuelanas, latino-americanas e o repertório clássico tradicional. O grupo será conduzido nos concertos de 20 e 21 de junho por seu diretor artístico, Gustavo Dudamel – eleito pela revista Time como uma das personalidades mais influentes de 2009.

Juntos, a orquestra e Dudamel tem produzido recentemente uma série de registros fonográficos, incluindo sinfonias de Mahler, Beethoven e Tchaikovsky, lançadas pelo selo Deutsche Grammophon e aclamadas pela crítica.

A consagração mundial obtida pelas mãos do legendário maestro Valery Gergiev marca os quase cem anos de história da Orquestra Filarmônica de Rotterdam, quinta atração da temporada, nos dias 28 e 29 de junho. Notável por sua tradição operística e pela ambição em cultivar novos públicos através de concertos educativos e para crianças, o grupo estará no palco sob a batuta do norte-americano Leonard Slatkin, vencedor de sete prêmios Grammy.

O jornal britânico The Daily Telegraph registra que “poucas experiências são mais emocionantes do que ouvir a Britten Sinfonia”. Presença frequente nas séries anuais de concertos de Southbank Centre e Wigmore Hall, a Britten Sinfonia acumula críticas elogiosas pela qualidade de suas performances e inteligência de seus programas, que visam, sobretudo, o desenvolvimento artístico de seus músicos. As apresentações em São Paulo serão nos dias 06 e 13 de agosto com regência do finlandês Pekka Kuusisto e participação do jovem tenor britânico Allan Clayton, de 28 anos.

Também figurando entre as principais formações camerísticas do mundo, a Filarmônica de Câmara de Bremen tem se apresentado ao lado de importantes solistas, como Sabine Meyer, Viktoria Mullova e Heinrich Schiff. A interpretação impecável que abrange desde o repertório barroco até o contemporâneo, tem levado o grupo a concertos e festivais por todo o mundo. Pela Cultura Artística, a Filarmônica se apresenta nos dias 23 e 24 de agosto, trazendo consigo o violonista Christian Tetzlaff, que também atuará como regente.

Aos 73 anos e reunindo entre seus trabalhos sinfonias, concertos, óperas e participações em álbuns de rock e música eletrônica, o pianista Philip Glass é um dos compositores mais influentes do final do século XX. Suas colaborações para o cinema renderam indicação ao Oscar pela trilha de “Notas de um Escândalo”, datado de 2006. Ele se apresenta nos dias 13 e 14 de setembro.

Presença frequente nas temporadas do Thêátre des Champs-Élysées, a principal orquestra de câmara francesa – o Ensemble Orchestral de Paris estará ao lado Coro Accentus nos concertos dos dias 30 de setembro e 01 de outubro, na Sala São Paulo. Dirigida por sua regente titular, a maestrina Laurence Equilbey, o conjunto possui mais de vinte álbuns lançados em menos de dezenove anos de formação, além de realizar cerca de sessenta concertos anuais com obras inéditas do repertório contemporâneo.

O último evento da Temporada 2011 acontece nos dias 18 e 19 de outubro com apresentação da Orquestra Filarmônica de Liège. Pela segunda vez no Brasil, a formação belga de língua francesa estará sob comando do venezuelano Domingo Hindoyan e ainda terá participação do pianista francês Jonathan Gilad, premiado com um Diapason d’Or pelo álbum dedicado aos trios de Mendelsohn, em 2006. Com meio século de história, a filarmônica conquistou reconhecimento da crítica internacional através de suas interpretações de obras francesas, muitas delas, apresentadas em Salle Philhamonique, onde está sediada.

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