Durante a a 9ª reunião do Comitê Técnico de Patrimônio Cultural do Mercosul, que acaba hoje, no Rio de Janeiro, as autoridades sul-americanas participantes do encontro deram ênfase à preocupação com o roubo e o tráfico de bens culturais nos países do Mercosul. O evento conta com representantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Na lista de obras desaparecidas, estão pelo menos 934 peças tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na maior parte exemplares de arte sacra furtados de igrejas, principalmente nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, destacou que muitas dessas obras não têm como destino os mercados europeu, norte-americano ou asiático, como geralmente se pensa, mas acabam sendo vendidas aqui perto, em países do Mercosul. “Às vezes a gente fica com a impressão de que as coisas saem daqui e vão só para a Europa e os Estados Unidos, mas há muito patrimônio do Uruguai que está no Brasil e patrimônio do Brasil que está na Argentina. Então é fundamental que a gente proteja as nossas fronteiras próximas.”
Almeida apontou roubos recentes e que nunca foram solucionados pela polícia, como as quatro pinturas de Salvador Dali, Monet, Picasso e Matisse, levadas em fevereiro de 2006, do Museu Chácara do Céu, no Rio.
Ele também citou o caso do furto em dezembro de 2007 de O Lavrador de Café, de Portinari, e Retrato de Suzanne Bloch, de Picasso, do Museu de Arte de São Paulo (Masp) que, embora tenha sido resolvido, demonstrou o frágil esquema de segurança do local.
“O saque ao patrimônio cultural brasileiro prejudica principalmente as próximas gerações. Não estamos conservando o passado, mas o que vai dar significado ao nosso futuro.”
A lista com detalhes e fotos das obras roubadas pode ser acessada no site www.iphan.gov.br, no qual também é possível denunciar a localização das peças.
Outros assuntos discutidos na reunião foram o debate sobre as políticas de patrimônio cultural dos países que fazem parte do Bloco, a apresentação das estratégias de integração do patrimônio cultural à economia, a criação do Dia do Patrimônio Cultural do Mercosul e a importância da Convenção da Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais.
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