Categories: NOTÍCIAS

WEB 2.0 – Universidade Livre quer formar banco de dados de políticas culturais

As entidades que se tornarem signatárias da Universidade Livre de Políticas Culturais poderão compartilhar informações por meio de um portal na internet que possibilitará a hospedagem de um banco de dados completo sobre todas as ações educacionais e de práxis em cultura.

No último dia 20 de julho, foi lançada em Recife a pedra fundamental para a criação da Universidade Livre de Políticas Culturais (ULPC). De acordo com o vice-presidente de operações do Instituto Pensarte para a Região Sul e presidente do Instituto Cultura em Rede, Pedro Alípio Nunes, o objetivo do projeto é fazer um mapeamento de todos os cursos da área cultural e interligá-los em rede. A ação criativa da proposta é encabeçada pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e pelo Instituto Pensarte, com o apoio do Ministério da Cultura (MinC).

As entidades que se tornarem signatárias da Universidade Livre de Políticas Culturais poderão compartilhar informações por meio de um site na internet que possibilitará a hospedagem de um banco de dados completo sobre todas as ações educacionais de cada instituição. Este site estará dentro de um novo portal, a ser anunciado em breve pelo Instituto Pensarte, e que abarcará todas as ações e iniciativas do organização e de membros de sua rede.

Com todos os cursos da área cultural linkados no portal, será possível ao internauta obter uma série de informações para complementar sua grade de ensino. Assim, a Universidade Livre de Políticas Culturais atuará facilitando a troca de conteúdos entre os cursos, presenciais ou por EAD (Ensino à Distância). “Entendemos que a democratização do conhecimento. Essa possibilidade de disponibilizar para o público o que vem sendo produzido sobre a gestão da cultura nos diferentes lugares deste País tem nos motivado a trabalhar nesse projeto de uma universidade diferenciada. Esta iniciativa é, sem dúvida, um forte exemplo da potencialidade de uma maior aproximação dos Ministérios da Cultura e da Educação”, comentou a diretora de Cultura da Fundaj, Isabela Cribari.

A Universidade Livre surge como uma proposta de união entre o acadêmico e prático. “A atual política cultural do Brasil exige uma universidade dinâmica, capaz de alimentar a sociedade com subsídios teóricos que dialoguem com os desafios e paradigmas dessa nova era”, avalia Bento Andreato, presidente do Instituto Pensarte. Por outro lado, continua Andreato, “buscaremos inspirar as ações governamentais com idéias e propostas provenientes dos cursos de formação”.

Além de diminuir essa distância entre a produção acadêmica e a prática das políticas culturais, o ULPC tem como premissa inicial possibilitar uma democratização do ensino da cultura, fornecendo apoio e sustentação para os cursos já existentes em todo o Brasil, já que não haverá restrições para inserção de instituições de ensino.

Para formatar a Universidade Livre de Políticas Culturais as entidades parceiras promoverão, ao longo de 2008, aproximadamente doze seminários (um por mês), nos quais serão tratados os aperfeiçoamentos temáticos de cada segmento cultural. “Faremos cinco seminários no Recife (na Fundaj) e outros cinco nas regionais do Instituto Pensarte, além de um seminário internacional e um conclusivo, de avaliação do projeto”, explicou Pedro Alípio Nunes.

Ainda neste ano, ocorrerá um seminário de pré-avaliação. “O Instituto fará um pré-mapeamento das instituições que trabalham com gestão e política cultural em todo o Brasil. Convidaremos essas instituições de ensino para o primeiro encontro, ocasião em que serão definidos os parâmetros dos seminários posteriores”, afirmou Andreato.

Viabilidade Tecnológica
Antes de criar o site da Universidade Livre de Políticas Culturais na Internet, será elaborado um estudo de viabilidade tecnológica do projeto. Nessa fase, todos os custos para a implantação da infra-estrutura necessária serão arcados pelos parceiros.

A vice-presidente do Instituto Pensarte para a Região Nordeste, Ana Paula Jones, definiu algumas diretrizes básicas que serão trabalhadas no Nordeste. “A Universidade Livre vai nos ajudar a definir conceitos que não estão claros na academia nem para o Estado Brasileiro, como o das ‘culturas populares’, por exemplo. Precisamos criar uma plataforma e um ambiente fértil de discussão para que as dinâmicas desses segmentos da cultura sejam contempladas. Hoje, fazem parte do dia-a-dia das comunidades, mas não existem políticas públicas que consigam acompanhar a dinâmica e diversidade dessas tradições, então elas acabam não sendo contempladas em sua totalidade”, explicou Ana Paula Jones.

Quem estiver interessado em saber mais sobre Universidade Livre de Políticas Culturais, pensar parcerias e construir os conceitos e bases dessa proposta, porde falar diretamente com Pedro Alípio, através do endereço eletrônico pedroalipio@globo.com.

* Com informações da assessoria de comunicação da Fundação Joaquim Nabuco – MEC.

Redação

Recent Posts

Edital de Patrocínio CCBB 2026-2027 está com inscrições abertas

Estão abertas, até 26 de maio, as inscrições para o Edital de Patrocínio CCBB 2026-2027.…

2 dias ago

Consulta pública sobre o PAAR de São Paulo está aberta até 23 de maio

A Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo abriu uma…

1 semana ago

Site do Iphan orienta sobre uso da PNAB para o Patrimônio Cultural

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou a página Aldir Blanc Patrimônio,…

2 semanas ago

Seleção TV Brasil receberá inscrições até 5 de maio

Estão abertas, até 5 de maio, as inscrições para a Seleção TV Brasil. A iniciativa…

2 semanas ago

Edital Transformando Energia em Cultura recebe inscrições até 30 de abril

Estão abertas, até 30 de abril, as inscrições para o edital edital Transformando Energia em Cultura,…

2 semanas ago

Congresso corta 85% dos recursos da PNAB na LDO 2025. MinC garante que recursos serão repassados integralmente.

Na noite de ontem (20), em votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso…

3 semanas ago