Escritor procura retraçar a identidade do povo brasileiro e discutir o ?homem cordial? a partir das palavras de Machado de Assis, Lima Barreto, Jorge Amado e outrosPor Sílvio Crespo
15/04/2003
O homem cordial, em que salta à vista a ?lhanheza no trato, a hospitalidade e a generosidade?, como identificou Sérgio Buarque de Holanda no início do século XX, ganha uma nova cara, pintada desta vez por ninguém menos que Machado de Assis, Mário de Andrade, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Érico Veríssimo, Euclides da Cunha e Jorge Amado, só para citar alguns. No livro O Brasil que nós somos (Editora Vozes), o autor Armando dos Santos Pereira, veterano nos estudos brasileiros, discute a identidade cultural do povo tupiniquim a partir dos escritos deixados por alguns dos nossos principais romancistas.
No total, Pereira escolheu 20 autores para ajudá-lo a retraçar a maneira de ser e agir que caracterizaria o povo brasileiro. A resposta que Pereira encontra passa pela ?história da cordialidade?, pela política de branqueamento, por um ?excesso de jecas, macunaímas e jagunços?, por uma ?feliz mestiçagem?, pela ?geografia da fome? e ainda por uma ?reconstrução étnica? no país.
Armando dos Santos Pereira, que escreveu nas revistas O Cruzeiro e Realidade, lançou o livro na última segunda-feira, dia 14, no Rio de Janeiro. Exemplares já estão nas livrarias.
Lançamento
O Brasil que nós somos ? Do império aos governos militares
Autor: Armando dos Santos Pereira
Editora Vozes
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