Desvios, distorções, excessos. A Lei Rouanet clama há tempos por alterações concretas e consistentes

Desvios, distorções, excessos. A Lei Rouanet clama há tempos por alterações concretas e consistentes.

Qual o remédio para Lei?

Vale pensar em seu fim?

Temos algo para substituí-la à altura?

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12Comentários

  • Eleonora Naufel, 1 de abril de 2008 @ 7:53 Reply

    Em minha opinião, os critérios de aprovação dos projetos deveriam ser mais rígidos, verificando a viabilidade de realização. Ao mesmo tempo deveria ser criado um bolsão onde todas as empresas que quisessem se beneficiar da Lei. Uma vez o projeto aprovado, já receberia a verba para a execução. O que realmente me incomoda e ver a quantidade de projetos bons aprovados que não conseguem captar.

  • Fernando Braga, 1 de abril de 2008 @ 8:35 Reply

    O problema parece estar no contingente de pessoal do Ministério da Cultura hoje frente à enormidade de projetos em tramitação, em captação e em execução por todo o país. Quer dizer: como é possível pra os servidores acompanhar eficazmente esses projetos, como dar em cima de distorções, de desvios, estando assoberbado nas dependências do MinC, em Brasília? No final do ano passado, vimos que foi possível nascer uma máfia nas barbas do Ministério. E a solução seria qual? A participação/”terceirização” das secretarias de Estado e município? Arriscado, complicado. A criação de Delegacias Estaduais do MinC? Caro e só funcionaria se a DE tivesse realmente pessoal, estrutura e recursos. Equipes do MinC para auditorias e diligências in loco? Parece mais viável. Só não valeria deixar morrer esse mecanismo, pois qualquer modelo novo poderá representar a suspensão de atividades em curso e o desaquecimento da produção cultural.

  • Rodrigo Gerstner, 1 de abril de 2008 @ 14:35 Reply

    Apesar de todas as suas falhas, é a Lei Rouanet que viabiliza a maioria das produções artísticas brasileiras. Esse é, no meu entender, o principal problema, já que praticamente não há alternativa à política de renúncia fiscal. A Lei Rouanet deve permanecer, mas paralelamente a outraS políticaS públicas de incentivo à produção artística. Lembro que, no início de sua gestão, o ministro Gilberto Gil declarou que não queria ser o “ministro das leis de incentivo”, mas as ações do MinC em direção a outras propostas ainda continuam muito tímidas. Quanto ao operacional da Lei Rouanet, de fato tudo é muito problemático, moroso, burocrático… principalmente o contingente insuficiente de funcionários e a revoltante falta de critérios nas análises técnicas.

  • Wanderley Lopes, 5 de abril de 2008 @ 16:22 Reply

    A lei Rouanet está na UTI á muito tempo e muitas corporações não têm coragem de deligar os cabos que a sustentam, simplismente porque elas terão que responder não somente a sociedade mas também ao fisco. A lei foi criada para que a politica cultural fosse dissiminada no país principalmente pelos produtores independentes e amantes das artes que não teêm acesso aos recursos disponíveis nas empresas diretamente. Como já de conhecimento, muitas empesas priivadas e publicas se aproveitam do mecanismo da Lei para colocar os recursos que seriam destinados aos impostos para abastecer suas instituições de fachadas como ONGs., Fundações, etc… que no fundo são criadas com o nosso dinheiro. Uma das soluções seria ! Parte do lucro, arrecadado por empresas no Estado de origem, deveria direcionar um percentual para o fomento das politicas culturais em todos os setores, como uma especie de Fundo Cultural GLobal Regional, que seria gerenciado por uma equipe de no mínimo 10 conselheiros por área. Esses teriam a obrigação de analisar os projetos pela sua qualidade técnica e artística que seriam apresentados únicamente por pessoas jurídicas. A escolha desse conselho ficaria a cargo das Secretarias de Estado da Cultura e auxiliados por representantes das próprias empresas. Os Estados que possuem poucas empresas seriam ajudados com os fundos das principais estatais Brasileiras.

  • Regina Moura, 10 de abril de 2008 @ 14:03 Reply

    Todo direito adquirido nega um anterior. Acabar com um mecanismo exige outro muito melhor. E sinceramente acho que não é o caso, o que se precisa é uma política abrangente, ouvir o setor, a articulação de São Paulo é legítima, precisa ser avaliada.
    Não fazer as modificações que a lei precisa é andar como caranguejo, não aceitar os erros e falhas de uma gestão que tem mesmo deixado muito a desejar.
    E não é justo também que a imprensa faça este alvoroço todo e quando precisamos para divulgar nossos trabalhos e projetos, ela se mostra omissa.

  • Anônimo, 23 de abril de 2008 @ 13:20 Reply

    Tenho visto posições contrárias à Lei Rouanet nos posts desse site recheadas de ideologização socialista libertária, anti burguesa. Acusam a Lei Rouanet de privilegiar apenas as grandes produções e os grandes centros urbanos do sudeste. Esses, parecem inconformados com o fato de que o dinheiro da renúncia fiscal seja determinado pelas empresas patrocinadoras clamando por mais democratização. Pois bem, em primeiro lugar o PRONAC prevê outros mecanismos como o FNC e o o próprio orçamento do MInC para combater a concentração regional. Agora, destruir um mecanismo de fomento à cultura que já se mostrou eficaz é MUITA BURRICE. Ouvir esse discursinho culturete libertário anti-burguês que demoniza a Lei Rouanet e junto com ela as empresas patrocinadoras, os institutos culturais de grandes empresas e as mais diversas iniciativas do direcionamento dos recursos que o setor privado capitaneia é deprimente. Parece misturando tudo num único boloaliviar a situação de concentração dos recursos

  • José Paulo Chris´sstomo, 23 de abril de 2008 @ 13:59 Reply

    Tenho visto posições contrárias à Lei Rouanet nos posts desse site recheadas de ideologização socialista libertária, anti burguesa. Acusam a Lei Rouanet de privilegiar apenas as grandes produções e os grandes centros urbanos do sudeste. Esses, parecem inconformados com o fato de que o dinheiro da renúncia fiscal seja determinado pelas empresas patrocinadoras clamando por mais democratização. Pois bem, em primeiro lugar o PRONAC prevê outros mecanismos como o FNC e o próprio orçamento do MInC para combater a concentração regional. Agora, destruir um mecanismo de fomento à cultura que já se mostrou eficaz é MUITA BURRICE. É querer jogar no lixo o emprego de milhares de pessoas que trabalham nessas produções, primeiro desqualificando-as e depois ignorando que junto com as grandes produções e eventos há uma legião de gente trabalhando e ganhando o seu quinhão na labuta honesta. São camarinistas, iluminadores, cenógrafos, holds, figurinistas, gráficas, designers, editores, e os artistas é claro. A Lei Rouanet movimenta a economia da cultura e gera emprego e renda. É justamente por estar nas mãos das empresas decidir a destinação dos recursos, que estes tem crescido ano a ano escapando de possíveis cortes orçamentários feitos pelo Ministério da Fazenda para produzir superávits. Essa é uma vantagem do atual mecanismo. É preciso sim qualificar os técnicos do Ministérios, aumentar o seu quadro de pessoal para dar conta do volume de projetos que a sociedade está criando e ainda ampliar as oportunidades de patrocínio a serem feitas por pequenas e médias empresas. Se aumentássemos o % de teto de abatimento para pequenas e médias empresas poderíamos gerar um aumento imenso do número de possíveis patrocinadores. Quem sabe assim as pequenas e médias empresas das regiões onde o patrocínio das grandes não chega, possam ser agentes da desconcentração de recursos agindo localmente. Substituir o mecanismo atual pela concentração dos recursos nas mãos do Estado é muito anti- democrático, pois aí quem iria decidir seria uma meia dúzia aurida com o poder de julgar o que é e o que não é meritório no campo cultural. Isso é muito perigoso. Vi aqui neste site um artigo que reporta a incapacidade do programa Cultura Viva de implementar e adminstrar os pontos de cultura. Não sou conhecedor desse programa a fundo, mas é muito crível que isto seja verdade dada a inconpetência administrativa que o MinC demonstra em outras áreas. A ideia do Cultura Viva é muito boa, vai de encontro ao processo de democratização do acesso à cultura. Mas esse mecanismo de distribuição de recursos, que foi comparado até com o bolsa família da cultura não pode prescindir de uma coisa básica. Tanto os técnicos do ministério quanto os gestortes dos pontos de cultura precisam se profissionalizar. Essa profissionalização poderia até mesmo ser uma alavanca para que além dos recursos diretos do orçamento, os projetos dos pontos de cultura começassem a receber patrocínio de empresas também. Assim como o bolsa família hoje não oferece uma porta de saída sólida para os atendidos, o que favorece a dependência, o Cultura Viva precisa ser capaz de não apenas distribuir recursos, mas de criar o ambiente para o florescimento do empreendedor cultural capaz de sustentar a produção cultural no longo prazo sem ficar eternamente dependente do Estado. Essa discussão vai longe. Em última instância a sustentação da economia da cultura depende de educação, renda etc. Se o Brasil fosse um país com educação de alto nível com mais renda e renda bem distribuída distribuída talvez houvesse muito menos artistas em dificuldades clamando por verbas públicas, pois o mercado cultural seria um setor muito mais prospero de oportunidades para os seus filhos. Temos viso um movimento grande das empresas em busca de reforçar as suas ações de responsabilidade social. Essa é uma grande oportunidade para os projetos culturais que podem ter um grande potencial inclusivo e socializante. As empresas buscam isso. Tentar ignorar esse movimento é perder o bonde e as oportunidades que o tão mal falado marketing das empresas está nos oferecendo atualmente. Responsabilidade social corporativa, projetos de inclusão, investimento social privado, sustentabilidade. Essas palavras estão aí. Cabe aos artistas e produtores decidirem se vão ficar jogando pedra no mercado ou se vão cair na real e aprender a utilizar as forças do mercado e do ciclone capitalista a favor da cultura e da inclusão. Para isso é preciso se despir de preconceitos. Senão vamos ficar nesse nevoeiro de ideias ideolgizadas e perder as oportunidades praticas de realização.

  • Carlos Henrique Machado, 23 de abril de 2008 @ 18:45 Reply

    José Paulo
    Sua contundência em classificar de burros os contrários à Lei Rouanet, como está hoje, nos induz a pensar que você está tecnicamente amparado por uma série de cruzamentos que deve ter feito, como, por exemplo, uma planilha, então traga pra nós esse mundo maravilhoso, mas traga em números. Vamos sair do campo da subjetividade e vamos entrar no pragmstismo, se não, vamos ficar igual a um balão no dia de São João, voando, voando descontroladamente, com riscos inclusive de provocar incêndios indesejáveis. Sinceramente, se você nos apresentar algo que abone a sua inteligência e perspicácia, não me farei de rogado, colocarei um par de enormes orelhas e ajoelharei no milho. Por enquanto, você trouxe os ecos esbravejadores típicos de uma conversa de sauna de algum condomínio fechado.

  • Carlos Henrique Machado, 23 de abril de 2008 @ 19:13 Reply

    Uma pequena observação, José Paulo. As principais empresas patrocinadoras desenvolvem suas atividades fora dos grandes centros. Dentro dos grandes centros estão seus escritórios comerciais e departamentos de marketing. Eu, por exemplo, sou de Volta Redonda, cidade privatizada pelo Sr. Fernando Henrique Cardoso. A CSN é, como patrocinadora da região, inexistente, é completamente ausente diante da comunidade. Não patrocina um projeto sequer de Volta Redonda e redondeza. O mesmo se dá com a INB, Furnas e etc. Qual a atividade econômica da Petrobrás nas cidades do Rio e São Paulo? As grandes empresas brasileiras não estão nos grandes centros, isso é de uma falácia que ajuda a discriminar o interior onde estão as empresas de base brasileira que dão sustentação à nossa economia e isso não é de hoje. Sugiro-lhe que leia “Idéias de Jeca Tatu” de Monteiro Lobato. A nossa produção, historicamente, não sai dos grandes centros. O Banco do Brasil e a Caixa têm agências em quase todo o Brasil praticamente, mas as suas participações nas atividades culturais dessas cidades são nulas. Muitas dessas manifestações espontâneas tradicionais, você deve saber, são feitas com esforço e recursos da própria comunidade, sem um apoio sequer. Estou falando de manifestações com mais de 200 anos de existência. Qualquer colocação que você fizer aqui em defesa de sua tese, nos colocando como caçadores de burgueses, você terá em contrapartida uma argumentação fotografada e não evasiva e subjetiva. A lei, meu caro José, tem que cumprir o seu papel de fortalecer o sentido e a cidadania antes de qualquer preceito ou mesmo preconceito. A Lei Rouanet não é fruto de elaboração com lógicas de um marchant, de um empresário privado de cultura, a Lei Rouanet nasce para dar sentido comum às manifestações culturais de uma sociedade e ser um contraponto com as distorções que a iniciativa privada produz em relação a arte. Se é para não ter compromisso algum, então, deixa como está. Recursos privados para a iniciativa privada e não recursos públicos para a iniciativa privada.

  • José Paulo Chisóstomo, 24 de abril de 2008 @ 18:44 Reply

    Putz Carlos Henrique, tem um número enorme na sua cara e vc não consegue enxergar ? Esse número é R$ 1 bilhão em recursos para projetos viabilizados pelo mecanismo da Lei Rouanet em 2007. UM BILHÃO DE REAIS. Vamos fazer mais um exercício numérico já que o assunto que importa pra vc agora é matemática. Considerando de forma razoável que a tividade cultural emprega y trabalhadores e artistas para cada x reais que circula na atividade e que x/y não é maior nem menor do que a média dessa relação para as outras atividades econômicas, ao acabarmos com a Lei rouanet teremos x vezes 1 bilhão de trabalhadores/artistas desempregados. Tá bom essa conta pra vc ou precisa mais ?
    Agora eu tenho a certeza que na sua cabeça esses números não contam, por que pra vc tem um tipo de atividade cultural que é financiada pela Lei Rouanet que nem é cultura, pois quem decidiu que era cultura é o depto de marketing de uma empresa. Esse desmerecimento é muito simplista. E de verdade meu amigo. Vê se acorda, porque estamos num mundo capitalista onde as empresas são instituições importantes e com capacidade de contribuir para a com a cultura sim. Talvez não com a cultura que você ache que é cultura, mas enfim estamos também num estado democrático, então a sua opinião é apenas mais uma opinião não é mesmo ? A Lei Rouanet é uma alavanca poderosa que movimentou de forma extraordinaria a cultura brasileira nos ultimos 15 anos. Gerou um movimento de profissionalização do setor que ainda está longe de se aproximar do que seria uma verdadeira indústria cultural capaz de andar com as próprias pernas, mas ajudou a dar os primeiros passos. Agoa eu tenho a absoluta certeza que se a Lei Rouanet for extinta e a única porta em que ors artistas tiverem pra bater for a do Estado, aí sim teremos dado vinte passos pra trás, pois precisamos cada vez mais de empreendedores culturais e não de artistas mendicantes clamando aos quatro ventos a mazela do abandono da sua arte. Queremos um setor artistico vigoroso, profissionalizado, integrado ao mercado e capaz de se articular com todos os mercados que podem sustentar a arte. O mercado publicitário e o mercado consumidor de produtos culturais. Acho que a questão é menos ideológica e mais prática. Esse pretenso purismo de quem acha que é sacrilégio utilizar-se de um mecanismo de incentivo fiscal por ser uma verba pública é de novo uma BURRICE. Todo empresário inteligente adora incentivos fiscais para alavancar o seu setor de atividades. Por que não seria lícito os artistas como empreendedores pleiterem isso também ?

  • Carlos Henrique Machado, 28 de abril de 2008 @ 17:21 Reply

    José Paulo, quando você põe em riste os clarins anunciando cifras monumetais, passa a me lembrar as plataformas de Garotinho aqui no Rio, foguete, muito foguete e, consequentemente, fumaça, muita fumaça. Aqui nesta tribuna, devemos pedir o auxílio de algum médium para conversar com figuras fantasmagóricas, mas que adoram os letreiros, os neons. Sobem em seus malabares de perna de pau e anunciam a chegada do rei. SENHORAS E SENHORES, 1BILHÃO DE DÓLARES!!! Ao invés das planilhas trazendo dados de um raio-x do que de fato acontece, o nosso ilustre tocador de tuba, José Paulo prefere passar de avião e fazer uma chuva panfletária. Vamos descer do palanque e vamos ali, no tet-a-tet, caso a caso, setor por setor, região por região, corporação x cidadão. Ainda não estamos em comício. Vamos aos dados concretos. Isso que você apresentou é a política do “vamo que vamo”, do “passa o rodo” e isso, infelizmente, já estou bem cansado de ver.

  • José Paulo Chrisóstomo, 28 de abril de 2008 @ 23:19 Reply

    CArlos Henrique.Não adianta explicar pra quem não quer entender. Mas é claro que tem muita gente qu vai ler isso aqui e perceber que quando 1 bilhão de reais circula numa atividade econômica tá alimentando a mesa de muito trabalhador esse é o ponto. Agora se vc acha qe isso é discurso de palanque e se for pra apelar posso até criar umas palavras de ordem em contraponto ao que vc levanta e que todo mundo que conhece a Lei Rouant e quer aprimorá-la ao invés de acabar com ela acho que vai entender. UM BILHÃO TAMBÉM PRA SUA REGIÃO, NÃO É O CIDADÃO CONTRA A CORPORAÇÃO !!!! Que tal sair da ilusão de que estamos numa cruzada contra as corporações. Essa guerra já foi perdida faz tempo. Estamos é numa batalha em prol da cultura. Essa ainda dá pra vencer.

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