Objetivo do 1º Fórum de Ação Cultural foi discutir a revitalização da Fundação Conservatório Dramático-musical de São Paulo, cujas atividades beneficiam indiretamente várias regiões da cidadePor Cátia Rodrigues

Com a presença de mais de 150 pessoas, a Rede de Agentes Culturais de São Paulo (Rac-SP) realizou em 03 de setembro último seu 1º Fórum de Ação Cultural com o objetivo de discutir com autoridades do poder público estadual e municipal, representantes do Sebrae-SP e pessoas ligadas à área cultural a importância da revitalização da Fundação Conservatório Dramático e Musical de São Paulo para o cenário cultural da cidade. A instituição de ensino atende hoje apenas 65 alunos e, segundo seu diretor, professor Júlio da Cruz Navega Neto, tem capacidade para educar e formar mais de 1.500 profissionais de música.

Durante o evento, a Rac-SP lançou o projeto Memória Viva ? de 22 a 2002, que visa justamente à retomada das atividades culturais do Conservatório Musical, cujo prédio está localizado na região central da cidade e encontra-se hoje em processo de restauro. A partir do dia 03 até o dia 25 de janeiro de 2003, os agentes culturais vão promover no local diversas exposições de artes plásticas, shows musicais, apresentações de teatro e dança, além de atividades ligadas ao circo, culinária, moda e artesanato. Já no próximo dia 17 de setembro, está marcada a abertura da exposição de artes plásticas Panorama Cosmopolita, que terminará no dia 6 de outubro.

Os participantes do 1º Fórum de Ação Cultural, cujo tema foi Patrimônio, Cultura e Cidadania, enfatizaram que foi ?extremamente oportuna? a iniciativa da Rac-SP de promover o debate sobre a necessidade de resgatar os patrimônios culturais do centro da cidade, pois, segundo eles, as ações culturais implementadas na região se refletem de maneira bastante positiva nas demais áreas da cidade, sobretudo na periferia. O diretor técnico do Departamento de Formação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Antonio Carlos de Moraes Sartini, chegou a afirmar que ?sem dúvida nenhuma, a recuperação do centro mexe com a auto-estima de toda a cidade?.

Nesse ponto, Leila Regina Diêgoli, diretora do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura, acrescentou que o governo municipal tem elaborado uma série de projetos e ações no sentido de ajudar a otimizar a vida cultural do centro da cidade. Ressaltando que a formação da RAC-SP 0vem ao encontro desse objetivo, ela aproveitou para convocar os agentes culturais a promover novos encontros que tenham também como preocupação discutir a qualidade dos projetos culturais que estão sendo realizados na região central.

A RAC-SP foi formada em outubro de 2000, com o apoio do Núcleo de Cultura do Sebrae-SP, com o objetivo de ser um canal de intercâmbio de informações e experiências entre todas as pessoas ligadas à área cultural na cidade de São Paulo.

Também integraram a mesa de debates Ary Scapin Jr, coordenador do Núcleo de Cultura do Sebrae-SP, Cláudio Damasceno Jr, assessor especial da Secretaria de Estado da Cultura, a professora Neide Rodrigues Gomes, também da Secretaria de Estado da Cultura; e Cláudio Senna, assessor da Secretaria de Estado da Cultura e presidente do Instituto Mais São Paulo.

Os participantes do fórum tiveram ainda a oportunidade de fazer uma visita monitorada ao salão do teatro do Conservatório Musical e assistiram ao lançamento do CD do projeto Memória Viva e às apresentações da peça ?A Parceria que Dá Certo? do grupo ?Pombas Urbanas? e do Coral do Estado de São Paulo, com o regente José Ferraz de Toledo. E, como gastronomia também é cultura, foi servido um café paulista típico, antes do encerramento do encontro.

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