Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador e Peru inauguraram o Centro Regional para a Proteção do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina (Crespial).

Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador e Peru inauguraram na última sexta-feira, dia 24 de novembro, o Centro Regional para a Proteção do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina (Crespial). O evento aconteceu na cidade de Cuzco, antiga capital do império Inca, no Peru, com a presença de representantes da Unesco.

A escolha de Cuzco como sede do órgão foi uma decisão unânime dos países-membros da Unesco. A diretora da área de Registro e Estudo da Cultura Contemporânea do Peru, Soledad Mujica, que a escolha “é um reconhecimento do papel histórico da cidade na América Latina”.

A iniciativa da criação do centro foi tomada pelo Governo peruano, com o objetivo de integrar mais os países da região e sensibilizar para a inclusão das comunidades na defesa do seu patrimônio.

O Crespial é o primeiro centro do mundo para resguardar a cultura ancestral dos povos. “Durante muitos anos, a cultura e costumes das etnias e comunidades eram consideradas anedóticas. No entanto, hoje são vistas como expressões mais puras da identidade de um povo”, declarou a diretora do Instituto Nacional de Cultura do Peru, Cecilia Bákula. Ela acrescentou que os países-membros do Crespial trabalharão de maneira conjunta `não só para conhecer o patrimônio cultural imaterial, mas para registrar, inventariar e promover as suas manifestações, evitando que se percam no tempo`.

O antropólogo e historiador peruano Jaime Urrutia foi escolhido pelos países-membros do Crespial para dirigir a instituição nos próximos quatro anos. Ele trabalhou na ONG Cepes, que implanta programas de combate à pobreza, e fez parte da Comissão da Verdade e Reconciliação que investigou a guerra interna no Peru entre 1980 e 2000. Em entrevista coletiva, ele anunciou que o órgão receberá uma verba de US$ 500 mil anuais do Instituto de Cultura de Cuzco e mais US$ 180 mil da Unesco.


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