O Auditório Ibirapuera, resultado de parceria público-privada, articulada pela então prefeita Marta Suplicy com a empresa de telefonia celular TIM, e mantido desde então pela empresa, definhava após o término do contrato de patrocínio, em 2009. A solução foi buscar abrigo no Ministério da Cultura, que promete investir R$ 10 milhões até 2011 em sua manutenção.

O Centro de Referência da Música Brasileira passará a funcionar no local. De acordo com Carlos Augusto Calil, secretário municipal de Cultura “O MinC tem que ajudar a salvar as instituições que foram prejudicadas pelas leis de incentivo e estão todas pedindo esmola”.

Talvez este seja um prenúncio de estatização dos espaços culturais, em grande parte nas mãos dos programas de patrocínio empresariais.

Leia matéria de Ana Paula Sousa, publicda hoje na Folha de S.Paulo.


Pesquisador cultural e empreendedor criativo. Criador do Cultura e Mercado e fundador do Cemec, é presidente do Instituto Pensarte. Autor dos livros O Poder da Cultura (Peirópolis, 2009) e Mercado Cultural (Escrituras, 2001), entre outros: www.brant.com.br

1Comentário

  • Marcos, 30 de junho de 2010 @ 16:15 Reply

    O Auditório Ibirapuera é um equipamento com alto custo de manutenção e que já ficou associado à imagem da TIM, inclusive no seu design. E as grandes empresas que normalmente investem nesse tipo de empreendimento gostam de ter seu nome no nome do espaço, o que, segundo a matéria da Folha, o Auditório recusa. Me parece que são outros os fatores interferindo na dificuldade da captação, e não o enfraquecimento do mecenato, como Brant sugere em seu Twitter. Já temos alarmismo demais nessa área, não?

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