Até o final de 2014, a principais empresas brasileiras de exibição cinematográfica deverão ter todas as suas salas operando com projetores digitais.
Um grupo de 17 exibidores (incluindo a GNC Cinemas e a Severiano Ribeiro) firmou uma carta de intenções nomeando a empresa Beyond All como a integradora que dará início ao processo de negociações dos acordos de VPF (virtual print fee) junto aos estúdios em Hollywood, bem como a distribuidores independentes no Brasil. A empresa, com financiamento do BNDES e do Fundo Setorial do Audiovisual, pagará por 80% do valor dos projetores, ficando, como contrapartida, com o VPF, que servirá de garantia ao financiamento. Os exibidores arcarão com os 20% restantes.
Segundo Ricardo Difini Leite, presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras (FENEEC) e sócio da GNC Cinemas, os grupos estrangeiros que atuam no país já estavam negociando individualmente com os estúdios, através de suas matrizes. “Seria difícil para nós negociar individualmente, então formamos um grupo de trabalho, em maio do ano passado, para escolher uma empresa para fazer isso pelo grupo de empresas”, afirmou ao site Tela Viva. Com a carta de intenções, a Beyond All poderá negociar com as majors.
Segundo o presidente da FENEEC, os exibidores só receberão a VPF referente aos projetores comprados diretamente por eles, o que representa aproximadamente 25% das cerca de 1 mil salas do grupo de empresas. A expectativa, segundo ele, é de que em um ano sejam digitalizadas 50% de todas as salas. A meta é atingir 100% de salas digitais em dois anos, contando a partir da assinatura do contrato com os estúdios. Após este período, a Beyond All deve passar a negociar com exibidores de fora do grupo.
*Com informações do site Tela Viva